Um dos objetivos do projeto Ecoparque é mudar o relacionamento do homem com a natureza
Foto:SXC
O quintal da Escola Parque 210/211, de educação integral, em Brasília, tem assíduos frequentadores desde que virou também uma sala de aula. Tem sido assim desde que o projeto de educação ambiental EcoParque foi adotado, em 2010. Criado por jovens brasilienses, a iniciativa busca desenvolver novas abordagens de educação baseadas em práticas holísticas e na transdisciplinariedade.
O Ecoparque vem contribuindo para tonar as crianças mais sensíveis e, por consequência, curiosas e atentas, afirma a vice-diretora Celia Fernandes. “Muitas das mais de duas mil crianças que passam por aqui a cada semana moram em apartamentos e nunca tiveram ou quase não têm contato com a diversidade ecológica”, declarou ao site Envolverde.
Parque público
A inspiração para transformar o espaço aberto da escola em local de aula veio do Parque de Uso Múltiplo Olhos D’água, um dos principais de Brasília. Em 2012, cerca de 200 estudantes de instituições públicas e privadas da região realizaram atividades periódicas no parque ecológico.
O ambiente foi adaptado para que diferentes atividades sejam realizadas no local. Há oficinas de arte e reciclagem, dança e permacultura - um método holístico para planejar, atualizar e manter estruturas como jardins, vilas e aldeias de forma sustentáveis, socialmente justas e financeiramente viáveis.
O EcoParque foi idealizado por Pedro Vinhal, em 2008, à época estudante de educação física. Depois passou a fazer parte do coletivo 7Saberes – que desenvolve ações de educação ambiental para estimular crianças, jovens e adultos a vivenciarem novos formas de se relacionamento com a terra.
A aula no parque também tem promovido práticas para que os alunos saibam mexer com a terra, cultivar hortaliças e cuidar das plantas. Além dessas atividades, os estudantes têm visitas monitoradas pelos espaços dentro do parque chamados estações. No Túnel de Adobe as crianças são estimulas a engatinhar, para fortalecer a coordenação motora. No Espaço de Convivência, yoga e os jogos cooperativos são praticados para o envolvimento dos participantes com a natureza.
“Nosso objetivo é apresentar novas propostas de relação com o meio ambiente, usando tecnologias de baixo impacto ambiental. Além de trazer um novo olhar para que as pessoas se apropriem do lugar e percebam que há outras formas de construir, de se relacionar, de cultivar a terra”, afirma Pedro. Ele é a 15ª história contada no Imagina na Copa, plataforma que está mapeando iniciativas de jovens transformadores até 2014.
Assista ao vídeo:
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