Inauguração do projeto Pituaçu Solar, primeiro estádio de futebol da América Latina a operar com energia solar.
Fotos:Manu Dias/Secom-BA
O estádio Governador Roberto Santos, também conhecido como Metropolitano de Pituaçu, situado em Salvador (Bahia), foi o primeiro da América Latina a contar com energia solar. O sistema, inaugurado em abril de 2012, fez com que a concessionária de energia Coelba recebesse na quinta-feira, 16 de agosto, menção honrosa no Prêmio Fieb de Desempenho Ambiental, realizado na capital baiana.
O prêmio da Federação das Indústrias do Estado da Bahia reconhece, anualmente, as indústrias baianas que desenvolveram os melhores projetos de redução de danos ao meio ambiente.
Com a utilização dessa energia alternativa, o governo do Estado da Bahia estima economizar cerca de R$120 mil/ano. A energia solar gerada e interligada à rede de distribuição será equivalente a 630 MW/h ao ano, capaz de abastecer 525 residências. O projeto custou mais de R$ 5,5 milhões, dos quais R$ 3,8 milhões aplicados pela Coelba (concessionária local), por meio de financiamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e R$ 1,75 milhão pelo governo estadual.
“Além de ser o primeiro estádio da América Latina a usar energia solar, Pituaçu também é a primeira unidade consumidora a participar do sistema de compensação, que inclui disponibilizar na rede de abastecimento toda a eletricidade excedente”, observou ao EcoD, à época, Daniel Sarmento, engenheiro eletricista que coordenou o projeto da Coelba, que pertence ao Grupo Neoenergia.
Empresas vencedoras
As empresas Braskem, Deten Química, Veracel Celulose e Salve Terra foram as vencedoras da décima edição do Prêmio Fieb de Desempenho Ambiental.
Em 2012, oito empresas concorreram ao prêmio, que é dividido em duas categorias: micro/pequena e média/grande empresa. São três modalidades: Produção Mais Limpa, Projetos Cooperativos de Responsabilidade Socioambiental e Educação Ambiental. "Pensar na perpetuidade do meio ambiente é o nosso principal motivador", destacou ao jornal Correio* Silvia Reis, gerente da Braskem, empresa premiada na modalidade Produção Mais Limpa.
A gerente de desenvolvimento sustentável da Fieb, Arlinda Coelho, explicou que a premiação procura estimular e divulgar as iniciativas das indústrias para a população. "A sociedade tem cobrado muito que o setor produtivo assegure ações que reduzam os danos ambientais".
Assessora da Veracel Celulose, que venceu na modalidade Educação Ambiental, Rosane de Deus considerou o prêmio uma honra para a empresa. "Não somos parte do problema, mas podemos ser parte da solução", ressaltou, durante o discurso de agradecimento.
Para Angel Fernandez, diretor da Deten Química, a premiação é uma forma de mostrar às outras indústrias que não é necessário despender muitos recursos para reduzir os danos ao meio ambiente. "É um trabalho que nós fazemos ao longo do ano e que nos anima", observou Angel.
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