A espécie tem interessado os cientistas por ter características únicas e apenas um ancestral comum com as rãs
Foto: Sarig Gafny
Recentemente, os Estados Unidos apresentaram um estudo em que a redução de anfíbios chegava a uma taxa de 11,6% ao ano para aqueles já considerados em extinção. Os mais comuns apresentam taxas de declínio em 3,6%, nesse mesmo período. Em meio a esta crise entre rãs, sapos e salamandras, que vem desde 1989 em todo o mundo, uma boa notícia vem do lado oriental do planeta: uma espécie desparecida desde 1955, reapareceu: o sapo do Vale de Hula.
O Vale de Hula fica no Norte de Israel e secou em 1950. Cinco anos depois, a que seria a última espécie do anfíbio foi vista, mas somente em 1996 o sapo foi dado oficialmente como extinto pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Seu ressurgimento anima uma equipe de cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, que pesquisa sobre sua herança genética e garante que a espécie é o último remanescente de um grupo de rãs com um único ancestral comum, informou o Green Prophet.
Para a ciência é a possibilidade de ter de volta uma fonte de pesquisa que se perdeu, sem um estudo detalhado. "O sapo Hula está relacionado a um gênero de rãs fósseis, Latonia, que foi encontrado em grande parte da Europa, e que remonta a períodos pré-históricos e tem sido considerado extinto há cerca de um milhão de anos", segundo um comunicado divulgado pela Universidade.
Por ter conservado suas características de milhões de anos e ter poucos parentes vivos, o sapo pintado por pontos brancos na barriga e pele escura é considerado um raro exemplo de fóssil vivo, por isso requer cuidado para que continue existindo, como informou a National Geographic.
Os cientistas pensam em “recriar” o lago de Hula e restaurar o habitat do sapo. O objetivo é reproduzir e aumentar a população existente.
Importância dos anfíbios
Com 41% de suas espécies em extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a ciência frisa a importância dos anfíbios para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas em lagos e riachos. Eles estão presentes em diversas pesquisas da bioquímica e prestam serviços à natureza.
Muitos deles possuem substâncias importantes para a produção e pesquisa de remédios e vacinas. Esses pequenos animais também são necessários para o meio ambiente porque são bioindicadores capazes de apontar indícios de poluição e quaisquer alterações nas águas de seus habitats, sem contar que controlam as taxas de insetos, um de seus principais alimentos.
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