Para o estudo foram implantados transmissores por satélites nos cascos das tartarugas/Foto: Universidade de Barcelona
Estudo sobre a readaptação de tartarugas marinhas cabeçudas ao seu meio ambiente, realizado pela Universidade de Barcelona, descobriu que, mesmo após uma longa recuperação em centros de reabilitação, os animais podem não se readaptarem ao mar.
Segundo os cientistas, a readaptação é difícil devido à mudança de comportamento das tartarugas durante o processo de recuperação.
A pesquisa foi realizada a partir do rastreamento de 18 tartarugas, das quais 12 eram saudáveis e seis passaram alguns meses em um centro de reabilitação. Os pesquisadores inseriram transmissores por satélites nos cascos dos animais e depois os libertaram.
Os dados mostraram que três das tartarugas reabilitadas tiveram dificuldades de readaptação. "Uma morreu e duas não nadaram bem e mostraram estar desorientadas", afirmou Luís Cardona, autor do estudo e pesquisador do Departamento de Biologia Animal da Universidade de Barcelona, ao portal G1.
A mudança de comportamento no processo de reabilitação é a principal causa na dificuldade de readaptação ao mar/Foto: mariaguimarães
A quantidade de animais utilizados na pesquisa não foi grande, no entanto, os resultados mostraram que uma reabilitação complicada atrapalha uma parte dos animais a se readaptarem com a liberdade.
Mesmo afirmando a necessidade de mais estudos, Cardona questionou se vale à pena recuperar e tratar uma tartaruga. "Numa época de recursos limitados e para o bem do próprio animal, os cientistas têm de trabalhar com veterinários nos centros de reabilitação para estabelecer protocolos e determinar quando uma tartaruga deve ser tratada e quando não".
Com informações do portal G1
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