Reflorestamento pode reduzir impacto das mudanças climáticas, aponta ONU

Dois bilhões de hectares foram identificados como ideais para programas de restauração /Foto: Cristiano Casado

A restauração de florestas pode ajudar com a redução de carbono na atmosfera e a ação pode ajudar a reduzir o impacto das mudanças climáticas. A informação é do relatório Situação das Florestas do Mundo 2012. lançado na segunda-feira, 18 de junho, no Rio de Janeiro, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Segundo o documento, o uso melhor e mais sustentável dos recursos florestais pode contribuir significativamente na transição global para uma economia verde. Cerca de dois bilhões de hectares já foram identificados pela agência como ideais para programas de restauração.

A especialista do Fórum sobre Florestas das Nações Unidas, Bárbara Távora-Jainchill, afirmou à Rádio ONU que as florestas devem ser vistas como fontes de bens sustentáveis.

"É muito importante, nesse momento da Rio+20, de lembrar como as florestas podem contribuir para esse desenvolvimento sustentável. Nós já passamos da fase de achar que apenas cortando madeira pode-se ganhar dinheiro da floresta, absolutamente não. A floresta é fonte de renda mantida do jeito que ela está, sendo usada de uma forma responsável, ambientalmente, economicamente e socialmente responsáveis", explicou a especialista.

Ainda de acordo com a FAO, as florestas são a fonte de sustento direta para mais de um bilhão de pessoas, e estão ligadas aos temas principais da Rio+20. Entre eles, a redução da fome e da pobreza, a diminuição dos impactos das mudanças climáticas, e o uso sustentável da madeira como energia.

Além de gerar emprego, o manejo florestal também pode ser fonte de energia sustentável. A madeira, quando coletada por iniciativas controladas e juntamente ao reflorestamento, pode gerar energia limpa se queimada com tecnologia apropriada, segundo o informe.

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