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SUSTENTABILIDADE

Relação ganha-ganha: empresas, governo e ONGs se juntam para preservar

No dia 5 de junho, quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o grupo Votorantim, o Ministério do Meio Ambiente e o sistema estadual de vigilância por imagens de satélite assinarão acordo para conservar os 35 mil hectares ao longo do rio Juquiá. O local passará a ser protegido em troca da manutenção da reserva, projetos de geração de renda e pesquisas científicas desenvolvidas com recursos privados. Outras iniciativas semelhantes seguem o modelo.

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27/05/2013 às 13:25 • Atualizada em 02/09/2022 às 7:04 - há XX semanas
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Reserva Votorantim, na bacia do rio Juquiá (SP) maior extensão particular de Mata Atlântica do país
Foto: Divulgação


Em vez de serem oponentes, os diversos setores da sociedade (privado, público e civil) podem estar juntos para estabelecer a chamada relação ganha-ganha, na qual, como o próprio nome do conceito sugere, todos acabam beneficiados. E quando os esforços são direcionados a preservação do meio ambiente, exemplos mostram que a união pode mesmo fazer a força.

No dia 5 de junho, quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o grupo Votorantim, o Ministério do Meio Ambiente e o sistema estadual de vigilância por imagens de satélite assinarão acordo para conservar os 35 mil hectares ao longo do rio Juquiá. O local passará a ser protegido em troca da manutenção da reserva, projetos de geração de renda e pesquisas científicas desenvolvidas com recursos privados, informou matéria do jornal Valor Econômico.

Por meio da parceria, o grupo empresarial torna viável o controle necessário contra o desmatamento que coloca em risco a água das sete hidrelétricas que garantem o abastecimento energético da sua fábrica de alumínio na região, e o governo tem a garantia de manter conservada uma floresta valiosa para interligar áreas verdes e formar um corredor de biodiversidade unindo os parques estaduais do Jurupá e Carlos Botelho ao da Serra do Mar, mais ao norte.

As principais iniciativas estão a cargo de empresas e organizações não-governamentais.
Previsto no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), o conceito de corredores de biodiversidade vai criar espaço para o trânsito e o fluxo genético da fauna. O modelo estabelece o ordenamento do território para o uso sustentável, geração de negócios e participação da comunidade.

Corredores biológicos

Com recursos externos, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) reforçou a estrutura dos governos estaduais para tornar realidade dois corredores biológicos na Mata Atlântica e na Amazônia, mas os resultados práticos não foram medidos. O projeto se arrasta desde a década de 1990 e está previsto para terminar em 2014, após a injeção de € 16 milhões (cerca de R$ 40 milhões) do governo alemão. "Os avanços dependem das flutuações políticas", explicou ao Valor Sérgio Collaço, analista do programa de áreas protegidas do MMA.

As principais iniciativas estão a cargo de empresas e organizações não-governamentais. "Uma preocupação é implementar áreas protegidas para que saiam do papel", revelou Alexandre Brasil, da Conservação Internacional, entidade que coordena o Corredor de Biodiversidade do Amapá, com apoio do Instituto Walmart.

No Cerrado, a Fundação Grupo Boticário mantém uma reserva particular de 10 mil hectares para conectar a Serra do Tombador ao Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, em Goiás. A área, adquirida por R$ 2,4 milhões com apoio da TNC, compõe um mosaico prioritário para conservação, onde existem 6 mil espécies de plantas, 295 de aves e 45 de mamíferos. (SA)

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