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Reservas florestais apresentam redução na biodiversidade, aponta estudo

Uma pesquisa, coordenada por um biólogo da Universidade James Cook, na Austrália, analisou dados de 60 reservas dos seguintes continentes: África, Ásia e América e apontou que metade delas apresenta uma redução significativa na quantidade das espécies. O estudo foi publicado na revista Nature.

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27/07/2012 às 17:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 14:59 - há XX semanas
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Cerca de 60 reservas foram analisadas. Foto: Marcio Cabral de Moura

Com a falta de proteção adequada, as reservas florestais podem se tornar vulneráveis à ameaças, a exemplo da caça e da superexploração de produtos do meio ambiente. Essas ações podem gerar consequências, talvez, irrevesíveis, como o desaparecimento de espécies locais e, consequentemente, a perda de parte da biodiversidade.

Uma pesquisa, coordenada por um biólogo da Universidade James Cook, na Austrália, analisou dados de 60 reservas dos seguintes continentes: África, Ásia e América e apontou que metade delas apresenta uma redução significativa na quantidade das espécies. O estudo foi publicado na revista Nature.

Alguns parques não passam de linhas desenhadas nos mapas”
William Laurance, biólogo

Realizado por uma equipe de 200 cientistas, nos último 30 anos, o levantamento indicou que os locais onde a biodiversidade teve maior queda foram: Kahuzi Biega, na República Democrática do Congo, Reserva Botânica Xishuangbanna, na China, e Parque Nacional Sierra Madre do Norte, nas Filipinas.

Os pesquisadores analisaram 31 grupos de espécies entre árvores, borboletas, primatas e grandes predadores e constataram que, em reservas mais vulneráveis a queda é ampla em muitas espécies.

"Alguns parques não passam de linhas desenhadas nos mapas. A biodiversidade naqueles mais desprotegidos certamente está indo pior, na média, do que naqueles que contam com melhor proteção", afirmou o coordenador do estudo, o biólogo William Laurance.

Brasil

Quatro reservas brasileiras foram incluídas na pesquisa, três da região da Amazônia e uma em São Paulo (a Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba), esta foi considerada pelos pesquisadores uma das mais críticas do levantamento, inserida nos 10% da pior performance.

"O problema que percebemos lá é a contínua perda de cobertura florestal e o crescimento, ao longo do tempo, de caça ilegal e da ação de madeireiros tanto dentro quanto fora da reserva. O aumento da população fora do parque também está pressionando a área", explicou Laurance.

Um dos pontos destacados pelos cientistas foi a condição física no entorno das reservas. Segundo eles, algumas áreas protegidas se tornam um ilha em meio a um ambiente pressionado e/ou degradado, com a falta de ligação com outros remanescentes florestais, como é o caso da Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba.

Os pesquisadores acreditam que a criação de zonas de amortecimento, onde haja algum tipo de controle da utilização da terra, pode melhorar a situação.

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