O Brasil é o segundo país com maior adesão da ISO 26000
Foto: Divulgação
A aplicação de métodos e operações mundialmente convencionadas pela norma internacional ISO 26000 para que as organizações promovam gestões baseadas na responsabilidade social é um meio para atingir a sustentabilidade. A opinião é do presidente do Comitê Mundial da ISO 26000, Jorge Cajazeira, que defende a importância do documento para o desenvolvimento sustentável das empresas.
"Esse conceito inclui, entre outras questões, ter uma relação ética com os diferentes públicos, todos os stakeholders, com respeito aos Direitos Humanos, sem corrupção; garantir diversidade, segurança, saúde e confiança nas relações de trabalho; lidar de modo transparente com a imprensa; transmitir informações com precisão, entre outras", explicou Cajazeira, em entrevista à Fiesp.
A norma ISO 26000 foi concebida para ser um guia capaz de orientar as organizações nas suas decisões a respeito da sua responsabilidade social, além de tornar mais eficaz o uso de múltiplos instrumentos de gestão aplicáveis a uma organização. O documento á pautado por três princípios básicos: o respeito aos direitos humanos, a diversidade e a precaução.
O documento lista temas básicos como: meio ambiente; direitos humanos; práticas de trabalho; práticas leais de operação; governança organizacional; desenvolvimento social; e questões relativas aos consumidores.
A aplicação da norma
Para aplicar os princípios da ISO 26000 é necessário levar em consideração alguns quesitos como:
- Entender o contexto da responsabilidade social - atuar com stakeholders;
- Integrar a responsabilidade social nos objetivos e estratégias de uma organização;
- Implantar ações de responsabilidade social nas práticas diárias;
- Comunicar a responsabilidade social;
- Avaliar as atividades e práticas de responsabilidade social e aumentar a credibilidade.
As diretrizes do documento podem ser adotadas em qualquer país. Atualmente, mais de 50 países utilizam a ISO 26000, o Brasil é o segundo país com maior adesão à norma internacional, segundo Cajazeira.
Itens que as empresas têm maior dificuldade
De acordo com Cajazeira, o item que as empresas têm mais dificuldade em colocar em prática é a adequação legal. A explicação é a de que a norma requer que, em situações onde a legislação ou sua implementação não prevê salvaguardas socioambientais adequadas, as organizações esforcem-se para respeitar, no mínimo, as diretrizes internacionais de comportamento - tais como as normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), por exemplo.
Para a instituição que quiser aderir a ISO 26000, Cajazeira sugere uma lógica para a aplicação da norma. "Antes de analisar os temas centrais e as questões de responsabilidade social, assim como cada uma das ações e expectativas relacionadas recomenda-se que a organização considere duas práticas fundamentais da responsabilidade social: o reconhecimento da sua responsabilidade social dentro da sua esfera de influência e identificação e o engajamento de suas partes interessadas", explica.
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