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Responsabilidade Social é tema de conferência em Angola

Atuar de forma ética, transparente, envolvendo-se com as necessidades de todos os seus stakeholders é estar em consonância com aresponsabilidade social empresarial (RSE). Em Angola, o movimento cresce e se profissionaliza, deixando para trás, aos poucos, a marca imediatista da filantropia e assumindo um caráter mais estruturante e de longo prazo.

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02/05/2013 às 13:10 • Atualizada em 28/08/2022 às 11:14 - há XX semanas
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O representante dos assuntos sociais da presidência de Angola, José Vicente, discursa no evento

Atuar de forma ética, transparente, envolvendo-se com as necessidades de todos os seus stakeholders é estar em consonância com a responsabilidade social empresarial (RSE). Em Angola, o movimento cresce e se profissionaliza, deixando para trás, aos poucos, a marca imediatista da filantropia e assumindo um caráter mais estruturante e de longo prazo.

Prova disso, é que os 300 lugares da sala principal do Hotel do Centro de Convenções do Talatona ficaram escassos durante a realização da conferência sobre o tema, realizada nos dias 11 e 12 de abril. Representantes de empresas, membros de organizações não governamentais e multilaterais, além do governo, pareciam ávidos a ouvir e aprender com as lideranças empresariais e executores de programas sociais realizados com investimento privado.

Sob o lema Desafios e Oportunidades em Angola, o evento contou com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e financiamento da Agência Espanhola para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento (Aecid), além do patrocínio e organização direta de empresas envolvidas com responsabilidade social no país em setores diversos.

A Responsabilidade Social Empresarial ainda é praticada de forma individualizada em Angola, segundo estudo.

Sensibilizar e engajar uma gama cada vez maior de atores sociais e criar a primeira rede de responsabilidade social foram alguns dos propósitos deste encontro. Para tal, a organização trouxe nos dois dias do evento especialistas nacionais e estrangeiros que discursaram sobre conceitos teóricos e análise de casos práticos realizados por empresas com operação em Angola nos setores da construção civil, alimentos, petróleo, telecomunicações, dentre outros.

Para ilustrar os estudos de caso, onde os oradores partilharam suas experiências bem-sucedidas, a organização promoveu uma feira realizada nas dependências do hotel. Os estandes serviram para reafirmar o resultado da atuação das empresas nas comunidades onde elas estão situadas e inspirar outras lideranças, numa exibição que funcionou como uma legítima mostra de talentos em Responsabilidade Social Empresarial.

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Membros da comissão organizadora, cujo próximo desafio é liderar a rede de RSE

A conferência auferiu resultados importantes, dada a grande adesão das empresas e participação de demais membros da sociedade civil. Agora, o próximo grande desafio destes atores está em se conseguir engajar mutuamente na formação da rede de responsabilidade social empresarial em Angola, onde o Pnud tem um papel fundamental na liderança deste processo.

No atual estágio de Angola, onde poucas são as empresas que estão envolvidas de fato com as prioridades dos seus públicos de interesse, é a instalação da rede que dará corpo à cultura da responsabilidade social.

Tanto é assim, que o retrato feito pelo estudo, além de ter revelado uma pequena taxa de resposta ao inquérito (30%), também concluiu que a RSE ainda é praticada de forma individualizada. Enquanto que em uma outra vertente, onde em países com experiência em redes de RSE como Portugal e Brasil, percebe-se o quanto a sinergia entre os parceiros é capaz de potencializar mais resultados.

Outro ponto alto da conferência foi a divulgação do estudo encomendado pelo Pnud que verificou a situação atual da RSE em Angola e trouxe conclusões que serão úteis para orientar estratégias e reforçar a capacidade de intervenção das empresas na promoção do desenvolvimento socioeconômico das populações no país.

Mas, sem dúvida, aquilo que consistiu num verdadeiro divisor de águas nesta conferência, colocando-a num status distinto das demais iniciativas realizadas em Angola, foi o fato de serem as próprias empresas parte da comissão organizadora do evento.

Competências e inteligências diversas uniram-se num esforço coletivo dos membros dos grupos num autêntico exemplo daquilo que se deseja com a formação da rede: engajamento voluntário, espírito de liderança e sintonia fina entre os partícipes, tal como numa orquestra bem regida.

Mover a roda da Responsabilidade Social Empresarial possibilitará a Angola acelerar sua pedalada rumo ao desenvolvimento sustentável. O primeiro empurrão foi bem dado e o próximo está a caminho.

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