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Rio inaugura ciclovia ao longo do costão rochoso da Avenida Niemeyer

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18/01/2016 às 6:00 • Atualizada em 01/09/2022 às 6:46 - há XX semanas
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A ciclovia tem 3,9 km e liga o Leblon a São Conrado
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A população do Rio de Janeiro passou a contar no domingo, 17 de janeiro, com a ciclovia da Avenida Niemeyer, ligando os bairros do Leblon e São Conrado, na zona sul, numa extensão de 3,9 km, com vista total para o mar, que já começou a ser percorrida por cariocas e turistas.

A ciclovia foi batizada de Tim Maia, uma homenagem ao cantor e compositor, falecido em 1998, que enalteceu a orla carioca em sua música Do Leme ao Pontal. As obras foram iniciadas em junho de 2014 e duraram um ano e seis meses.

De acordo com a prefeitura, ainda neste semestre, com a inauguração do trecho que liga São Conrado à Barra da Tijuca, pelo Elevado do Joá, será possível seguir do Centro à Grumari, na zona oeste, ao longo de ciclovias sem interrupções. Da região central da cidade ao Leblon, já existem há anos as ciclovias, o mesmo ocorrendo da Barra ao Recreio dos Bandeirantes.

Cidade que detém a maior malha cicloviária urbana da América Latina, o Rio de Janeiro passa a contabilizar 438,9 km com a inauguração da Ciclovia Tim Maia

Proprietário de uma farmácia homeopática em São Conrado e morador em Botafogo, o farmacêutico Gian Paulo Bonaccorsi ficou feliz com a nova ciclovia. “Acabei de estrear. Fui a pé e voltei de bicicleta', contou à Agência Brasil.

Ir de bike
Segundo ele, a ciclovia “representa um momento histórico para a inserção do bairro na cidade, que vai se concretizar com o metrô. São Conrado tem o estigma de um bairro de passagem”, disse o farmacêutico. “Tenho clientes no Vidigal e agora eles poderão ir de bicicleta à minha farmácia”, espera Bonaccorsi.

Cidade que detém a maior malha cicloviária urbana da América Latina, o Rio de Janeiro passa a contabilizar 438,9 km com a inauguração da Ciclovia Tim Maia. A meta da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, à qual está vinculado o programa da prefeitura Rio capital da bicicleta, é alcançar 450 km até o fim de 2016, 300 km a mais do que havia em 2009.

Bicicletários
Segundo a secretaria, a cidade conta hoje com 2.500 bicicletários, o que corresponde a 5 mil vagas, disponíveis nas estações do BRT, do metrô, dos trens e barcas, nas rodoviárias e em vias públicas. Os bicicletários permitem que o usuário e siga o seu trajeto em um transporte coletivo, evitando assim o uso do carro.

A cada dia, são registradas mais de 2 milhões de viagens bicicleta na cidade, número que inclui o uso do veículo por parte do comércio, na realização de entregas domiciliares e prestações de serviço. Veículo não poluente, a bicicleta já representa 5% do total dos meios de transporte no Rio de Janeiro.

Pesquisa de percepção
Apesar de extensa, a malha cicloviária ainda não satisfaz plenamente a população carioca. É o que aponta a última edição da Pesquisa de Percepção, realizada a cada dois anos pela ONG Rio Como Vamos.

De acordo com a pesquisa, 45% dos cariocas ouvidos destacaram a construção de mais ciclovias como fundamental para se usar mais a bicicleta. A maior preocupação apontada na pesquisa, no entanto, foi com relação à segurança dos ciclistas.

É o que querem mais da metade (51%) dos moradores ouvidos no estudo. De fato, dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão da Secretaria Estadual de Segurança, referentes ao período de setembro a novembro de 2015, mostram que foram registrados 260 roubos e furtos de bicicletas na cidade.

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