Energia solar registra crescimento em boa parte do mundo/Foto: karenandbrademerson
O comprometimento dos governos e da sociedade com a eficiência energética e os investimentos em energia sustentável estão entre os resultados mais esperados da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que começa na quarta-feira, 13 de junho, no Rio de Janeiro, e segue até o dia 22. Entre outras metas, a cúpula deve atingir objetivos que servirão de norte para que os países migrem em direção a um novo modelo de desenvolvimento, baseado tanto na dimensão econômica, quanto na social e ambiental.A adoção desse modelo de desenvolvimento sustentável foi sinalizada em 1992, quando vários países se comprometeram a reverter o processo de degradação ambiental que já estava estabelecido como ameaça, durante a segunda Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). O padrão incluía a revisão de vários setores econômicos. Apesar disso, ainda hoje, 20 anos depois da Rio-92, números divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que uma em cada cinco pessoas no planeta ainda não tem acesso à eletricidade - ou seja, 1,3 bilhão de pessoas.Projeções do Departamento de Informações da ONU apontam que, se o investimento global em infraestrutura energética aumentar 3%, é possível garantir que todos tenham acesso à energia. O que se espera com a Rio+20 é que os governos de todos os países invistam mais em energias limpas.Em 2011, os investimentos nesse tipo de energia, desconsiderando os gastos em pesquisa e desenvolvimento, foram 600% maiores do que em 2004. Especialistas garantem que a energia limpa, como a gerada por usinas solares, é acessível, barata e mais eficiente.Exemplos mostrados pela própria ONU garantem que a melhoria dos resultados é viável. Em Botsuana, país da África Austral, as usinas de energia solar substituiram a madeira que era usada por 80% da população rural para iluminação e geração de energia.Na Tunísia, o desenvolvimento de energia renovável para a redução da dependência energética do petróleo e gás significou uma economia de US$ 1,1 bilhão entre 2005 e 2008. A expectativa é que essa economia chegue a 22% em 2016, com a redução de 1,3 milhão de toneladas por ano na emissão de dióxido de carbono (CO
2).
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