Arquipélago famoso por suas belezas naturais busca cada vez mais a sustentabilidade
Foto: Marta Granville e Zaíra Matheus/Divulgação
O paradisíaco arquipélago de Fernando de Noronha, situado a 540 quilômetros do Recife, ganhará uma segunda usina solar em até 12 meses, depois que um acordo de cooperação para instalação do empreendimento foi assinado na terça-feira, 21 de maio, entre o grupo Neonergia, responsável pela gerência da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), e o governo estadual pernambucano.
Cerca de 230 mil litros de óleo diesel deixarão de ser consumidos na ilha, por causa da nova unidade geradora de energia renovável. A usina promete produzir 777 megawatts por ano - esse número equivalente a 6% do consumo de energia na ilha, durante o mesmo período. O equipamento industrial será semelhante à usina de Tauá, instalada no Ceará.
A nova usina solar de Noronha será construída numa área de 6 mil metros quadrados
Foto: southgatechamber
“Essa parceria com o grupo Neoenergia é um passo importante na questão energética do Estado. Vamos instalar uma rede inteligente capaz de medir a produção de energia na casa dos ilhéus. Eles poderão vender o excedente, como já se faz na Europa. Em três anos, Noronha terá a primeira comunidade no Brasil a ter fornecimento de energia 100% renovável”, garantiu o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ao Jornal do Commércio.
“Recentemente, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) lançou edital para projetos de produção de energia renovável. Recebemos propostas interessantes, como a produção de energia limpa a partir do lixo e das correntes marítimas. Espero que tenhamos tanto sucesso quanto tivemos com a energia eólica”, completou o governador.
A nova usina solar de Noronha será construída numa área de 6 mil metros quadrados, utilizada no passado para captação de águas pluviais. No local, serão instalados os painéis fotovoltaicos. Os megawatts serão produzidos através de uma potência de 500 quilowatt- pico, que vai converter a radiação solar em energia elétrica.
R$ 50 milhões
De acordo com Solange Ribeiro, presidente do grupo Neoenergia, 65% da energia utilizada nos prédios públicos de Noronha terão procedência de fontes renováveis. “Esta é a terceira usina fotovoltaica de Pernambuco. As outras duas funcionarão numa base da Aeronáutica, também em Noronha, e a outra na Arena da Copa, no Grande Recife." Segundo ela, cerca de R$ 50 milhões foram empregados em ações de sustentabilidade no arquipélago, pelo governo do Estado e iniciativa privada, nos últimos cinco anos.
Na coletiva de imprensa, Luiz Antônio Ciarlini, presidente da Celpe, garantiu que a usina da Aeronáutica começa a funcionar até o final de 2013. “As duas usinas juntas serão responsáveis por 10% da energia consumida no arquipélago”. Segundo o governo, serão investidos 11 milhões de reais no desenvolvimento e a implantação do sistema.
A nova usina solar em Noronha faz parte de projeto que integra o Programa de Eficiência Energética da Celpe e de Pesquisa e Desenvolvimento da Neoenergia, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A nova unidade geradora de energia renovável integrará o sistema elétrico da ilha.
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