As obras começaram em março último e terminaram há cerca de um mês
Foto: Assessoria de Imprensa/SES
Depois do pioneirismo na coleta seletiva de secos, com a construção de duas centrais mecanizadas de triagem, em 2014, em Santo Amaro e na Ponte Pequena, a Prefeitura de São Paulo concretizou no dia 18 de dezembro mais um projeto de grande porte e inédito no município: a inauguração da primeira Unidade de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde, em Itaquera.
Construído em área de 2.800 metros quadrados pela concessionária EcoUrbis (responsável pelas regiões Sul e Leste) e orçado em, aproximadamente, R$ 40 milhões, o equipamento público processa cerca de 50 toneladas diárias de resíduos desde o dia 21 de dezembro.
As obras começaram em março último e terminaram há cerca de um mês. O investimento foi feito pela empresa, sem custos para a Prefeitura.
O evento inaugural contou com o prefeito Fernando Haddad, a vice-prefeita, Nádia Campeão, o secretário de Serviços, Simão Pedro, o presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), José Antonio Bacchim, o diretor-presidente da EcoUrbis, Nelson Domingues, além de representantes das quatro empresas que têm contratos com a Prefeitura para a realização da coleta domiciliar e a limpeza urbana.
Redução nas despesas
Simão destacou o avanço que o equipamento representa para a cidade e a redução nas despesas da municipalidade com o tratamento desse tipo de resíduo, atualmente realizado em Mauá. “Em vez de levar para Mauá e pagar R$ 1,40 por quilo, teremos unidade própria e o custo vai cair para R$ 0,70. Resíduos de farmácias, clínicas dentárias, e de pequenos e grandes hospitais serão esterilizados com equipamentos nacionais equivalentes aos melhores do mundo”, destacou o secretário.
Durante o evento, o prefeito elogiou a parceria entre a secretaria e a EcoUrbis. “Essa é a maior central de esterilização da América Latina e foi construída em apenas sete meses, um tempo recorde.”
Eficiência e economia
Haddad lembrou ainda de outra iniciativa recente que garantirá mais eficiência e economia para o setor. Em outubro, o chefe do Executivo Municipal enviou à Câmara projeto de lei que estabelece mudanças nas faixas tributárias de geradores de resíduos de saúde e beneficia os pequenos contribuintes.
Elaborado a partir de ação conjunta entre as secretarias de Serviços, por meio da Amlurb, de Saúde e Finanças, o documento atende a uma antiga reivindicação da categoria e separa em três novas faixas os estabelecimentos que produzem até 20 Kg de resíduos: de zero a cinco quilogramas diários, de cinco a dez quilogramas e de dez a vinte quilogramas.
Atualmente, a menor faixa é a de zero a 20 kg diários, cuja taxa mensal é R$ 89. O projeto estabelece faixas de R$ 48,06 (até cinco quilogramas), R$ 64,07 (de cinco a dez quilogramas) e, de 0 a 20 Kg, R$ 96,11.
Se for aprovada pelo Legislativo Municipal, a medida poderá beneficiar cerca de 27 mil consultórios odontológicos, além de clínicas médicas ou veterinárias, estúdios de tatuagem, drogarias e farmácias, já que os pequenos produtores de resíduos sólidos de saúde poderão ter uma redução de até 50% nos valores pagos pelo serviço.
Funcionamento
A Unidade de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (Rua Ioneji Matsubayashi, 345) funcionará em dois turnos, de segunda a sexta (de 7h às 15h20 e das 15h20 às 23h40), com 15 funcionários por período.
Após o processo de descontaminação e trituração, os resíduos são levados para o aterro sanitário.
“Esse empreendimento é provido dos melhores conceitos tecnológicos no que diz respeito à qualidade do tratamento. Ele é fruto do esforço conjunto de todas as partes envolvidas”, disse o presidente da EcoUrbis, Nelson Domingues.
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