Os painéis fotovoltaicos serão instalados em uma área de 10 mil metros quadrados que será anexada ao parque. Foto: OregonDOT
A paisagem do Parque Villa Lobos, em São Paulo, vai ganhar 2.500 painéis solares fixos que irão formar a primeira miniusina fotovoltaica do estado ligada à rede elétrica. A Secretaria de Energia assinará na terceira semana de novembro uma ordem de serviço de R$ 13,3 milhões para a construção do empreendimento.
O projeto desenvolvido pela USP e pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) pretende testar a capacidade de geração de energia fotovoltaica da capital.
Os painéis fotovoltaicos serão instalados em uma área de 10 mil metros quadrados que será anexada ao parque. O empreendimento, com capacidade de 500 quilowatts, ajudará os pesquisadores a formar uma base de dados mais apurada sobre o potencial de irradiação e a produção deste tipo de energia na cidade.
"A ideia é que estas informações fiquem à disposição de pesquisadores que fazem estudos neste área. Além disso, será possível avaliar com mais precisão como a energia solar se integra à rede normal de energia elétrica", afirmou à Agência Estado o engenheiro Rafael Herrero Alonso, do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI).
Responsável pela formatação do projeto, que terá duração de três anos, Alonso destacou que, com a usina, será possível ampliar o conhecimento já existente a partir do Atlas Solarimétrico do Brasil, divulgado em 2000. O empreendimento estará interligado à rede pelo sistema Smart Grid, sob a responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que faz uma compensação automatizada de energia conforme a demanda.
Viabilidade solar
Os painéis no Parques Villa Lobos integram as 18 propostas de empresas do setor elétrico aprovadas em 2011 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com o objetivo de tornar a energia solar economicamente viável no país, por meio de investimentos que chegam a quase R$ 400 milhões.
A intenção é de reduzir a um terço o custo de R$ 300 por megawatt/hora atuais da energia de origem fotovoltaica - a R$ 100, estaria no mesmo patamar da energia eólica.
Usinas solares no Brasil
A primeira usina solar comercial do Brasil opera na região de Inhamuns, no sertão cearense, desde o segundo semestre de 2011, conforme o EcoD já mostrou. A Usina Solar de Tauá, que está sendo duplicada, deverá chegar a uma capacidade instalada de 2 MW, graças a uma parceria com a multinacional norte-americana General Eletric (GE), que fornecerá todo o pacote de equipamentos e sistemas de tecnologia fotovoltaica para a duplicação do empreendimento da MPX, de Eike Batista.
Em Salvador, na Bahia, uma miniusina está instalada no estádio de Pituaçu, onde a quantidade excedente de energia é disponibilizada na rede de abastecimento elétrico.
A energia solar gerada e interligada à rede de distribuição será equivalente a 630 MW/h ao ano, capaz de abastecer 525 residências. O projeto custou mais de R$ 5,5 milhões, dos quais R$ 3,8 milhões aplicados pela Coelba (concessionária local), por meio de financiamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e R$ 1,75 milhão pelo governo estadual.
Já a estatal Petrobras vai instalar uma usina de energia solar de 1,1 MW em Alto do Rodrigues, município do Rio Grande do Norte situado a 200 quilômetros de Natal - a previsão para o início da operação é o segundo semestre de 2014. O empreendimento, orçado em R$ 20,9 milhões, estará sediado no terreno da Usina Termelétrica (UTE) Jesus Soares Pereira (da estatal) e a energia gerada será utilizada pela própria companhia.
EcoDesenvolvimento.org - Tudo Sobre Sustentabilidade em um só Lugar.Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!