Haute-Savoie, Rodano-Alpes, França - geleira não-polar
Foto: now picnic
O derretimento das geleiras que não estão localizadas nas regiões polares respondeu por 30% do aumento do nível do mar registrado entre os anos de 2003 e 2009, revela estudo publicado pela revista Science na quinta-feira, 16 de maio.
Cerca de 99% do volume de gelo na Terra fica nas zonas polares, e o outro 1% se acumula nas geleiras, que ficam distribuídas pelos continentes, geralmente em áreas muito altas e montanhosas. Quando esse gelo derrete, dá origem a rios e a água chega, enfim, aos oceanos.
A pesquisa, que envolveu 16 pesquisadores de 10 países, usou dados de satélite da Nasa obtidos entre 2003 e 2009 e, pela primeira vez, fez um cálculo preciso do efeito que as geleiras tiveram sobre o aumento do nível do mar – uma média de 0,7 milímetros por ano. É o mesmo volume que as geleiras dos dois polos despejaram juntas nos oceanos.
“Como a massa global dessas geleiras é relativamente pequena em comparação com o volume gigante de gelo na Groenlândia e na Antártica, as pessoas tendem a não se preocupar”, afirmou Tad Pfeffer, pesquisador da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, em material divulgado pela Nasa. No entanto, ele definiu essas formações hidrológicas como “um colaborador importante para o aumento do nível do mar”.
De acordo com as estimativas atuais, se todo o gelo das geleiras não-polares derretesse, o nível do mar subiria em 60 centímetros. Como base de comparação, o gelo acumulado na Groenlândia é suficiente para aumentar o nível do mar em 6 metros, e o da Antártica faria os oceanos subirem 60 metros.
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