Com estiagem prolongada, reservatórios estão em níveis críticos em todo o país
Foto: c.alberto
O desejado líquido que não aponta no céu, vai afetar muito mais do que as milhares de famílias que convivem a cada dia com o drama da seca. A escassez de chuvas levou os reservatórios a apresentarem um nível crítico, alguns menores do que o verificado em janeiro de 2001, quando houve o último racionamento de energia no país. A estiagem pode comprometer, se não o abastecimento, a meta do governo de reduzir o custo da energia elétrica em 16%.
De acordo com o governo, por enquanto o Brasil não corre risco de apagão nem de racionamento, uma vez que pelo menos 60 usinas termelétricas estão suprindo a demanda por energia, de todas as fontes: eólica, a carvão, a óleo diesel e combustível, nuclear e a gás natural. No momento, as usinas respondem por 24% do abastecimento elétrico, o equivalente a uma usina Itaipu.
Limite
De acordo com o diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, o custo da energia está no limite. “Estamos ligando térmicas a um custo muito alto e isto vai acabar refletindo na conta do consumidor final”, declarou à Agência Brasil.
Apesar da garantia, se a estiagem persistir é possível que o país enfrente sim problemas no abastecimento ainda este ano. “Tudo vai depender das chuvas, que estão atrasadas ou caindo no lugar errado – fora dos reservatórios.” A perspectiva não pode ser menosprezada. Afinal, um estudo publicado na Nature Geoscience em julho, já havia alertado que as secas devem se tornar padrão no Século 21.
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