Grupos são escolhidos por afinidades e não por séries. Escola inova em individualização do ensino.
Foto: SXC
No lugar da série, uma "família". No lugar de lista de disciplinas, um playlist contendo assuntos que são pontos de dificuldades e afinidades dos alunos. Desde o início do ano, o Rio de Janeiro experimenta um novo tipo de escola. Sem séries ou salas de aulas com carteiras em filas, 180 crianças e jovens da Rocinha estudam no Ginásio Experimental de Novas Tecnologias (Gente), da Escola Municipal André Urani, com relata o Porvir.
Estudantes do 7º ao 9º ano do ensino fundamental, nível dois, trabalham divididos em seis grupos como membros das chamadas “famílias”. Antes de agrupar as famílias, os seis grupos foram alinhados após um diagnóstico de habilidades realizado no início do ano letivo, relatou o site Hypeness.
Cada aluno tem um itinerário de aprendizado pessoal, que já consta das competências que precisam ser desenvolvidas e apreendidas. O método educativo pode ser a videoaula, leitura, atividades individuais ou em grupo, e é o estudante quem decide de que maneira aprender os assuntos. Como suporte tecnológico, eles têm acesso a tablets e netbooks.
Avaliações
Para testar os conhecimentos adquiridos pelos alunos, é feito um teste de habilidades, aquele no início do ano; são somadas as atividades feitas em grupos e aferidas as competências adquiridas, sejam pessoal, relacional, cognitiva ou produtiva.
A escola funciona em período integral. Com ajuda de um tutor, escolhem o que estudar e se juntam em grupos de estudos, conforme escolham. Pode ser estudo de língua estrangeira, robótica, esportes, artes e desenvolvimento de blogs.
Professor facilitador
Para o professor, sai de cena o disseminador ou reprodutor de conhecimento e entra o facilitador, que precisa saber motivar os estudantes e estimular a busca pelo conhecimento. No Gente, o professor é considerado um mentor.
A proposta de ensino foi idealizada pela Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio de Janeiro e surgiu a partir de estudos feitos em escolas internacionais de caráter inovador, voltados para o futuro. A ideia é que, até 2014, mais cinco ginásios semelhantes sejam construídos no Rio de Janeiro.
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