Representantes de entidades do setor de iluminação se reuniram na quinta-feira, 27 de novembro, com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, quando assinaram o acordo setorial que tem o objetivo de implantar o Sistema de Logística Reversa de Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista. Com a logística reversa, toda a cadeia envolvida na produção e comercialização passa a se responsabilizar pelo recolhimento e destinação do produto após uso e descarte pelo consumidor.
“Acho que é um passo importante também para os senhores no ponto de vista da competitividade e de diálogo mais afirmativo, e não mais em pequena escala, mas de estruturação de novos caminhos para o desenvolvimento do país com a corresponsabilidade, e não só o governo dizendo que é para fazer desse jeito, ou a lei dizendo que é para fazer desse jeito”, disse Izabella Teixeira. “A ideia é que a gente possa aprimorar isso com o tempo, e mais do que aprimorar, que seja um exemplo para fechar as outras cadeias de logística reversa”, completou.
Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do ministério, Ney Maranhão, o acordo representa um passo importante para consolidar a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “É mais um acordo de logística reversa que é celebrado, é mais um setor da indústria que se insere nessa política e principalmente um setor que trabalha com resíduos perigosos”, disse.
“Ela [a indústria] vai agora se preocupar não apenas em produzir mas em recuperar depois do ciclo de vida, e isso significa que vai haver mudanças de produção”. Maranhão destacou que as medidas valem para todo o setor, e quem não respeitar terá que responder segundo a Lei de Crimes Ambientais.
Gradativamente
O presidente-executivo da Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi), Georges Blum, disse, após a cerimônia de assinatura, que agora é seguir um cronograma de atividades para montar gradativamente a logística reversa, instalando pontos de coleta de material.
“Existe um cronograma. As cidades do primeiro ano são as capitais. E vamos montar pontos de entregas nas lojas, nos supermercados que tiverem condições físicas”. No segundo ano, outras cidades serão incorporadas.
Empresa gestora
Isac Roizenblatt, diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), explicou que será criada uma empresa gestora, sem fins lucrativos, para coordenar a logística. “Essa gestora vai gerir o processo de transporte e também contratando as recicladoras”. Roizenblatt informou que as entidades ainda vão definir se cada representante terá sua gestora ou se será criada apenas uma para todo o setor.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) e representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Adelmir Santana, acredita que o documento assinado na quinta-feira pode estimular outros setores a adotar o que determina a legislação. “Esse acordo que agora é celebrado serve como um exemplo para outros setores da economia nacional de que é preciso atender à legislação que está em vigor”, disse.
(Por Michèlle Canes, da Agência Brasil)
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