Imagem ilustrativa: camarão convencional
A caça descontrolada do camarão é um problema, que pode causar a extinção da espécie, além de contribuir para a degradação dos oceanos. Ao pensar nisso, a startup New Wave Foods, empresa criada pelas biólogas americanas Dominique Barnes e Michelle Wolf, da Universidade Carnegie Mellon e do Instituto Scripps de Oceanografia, pretende criar um camarão artificial que seja tão saboroso e saudável quanto o natural, mas com um detalhe: feito de algas e proteínas.
"Nós devemos consumir comida, sem consumir o oceano", defende o slogan da empresa, que ainda não divulgou os detalhes sobre a produção do camarão feito de algas, nem qual é a aparência dele. O camarão artificial promete também ser mais saudável, pois sua produção não envolve o uso de antibióticos.
No Brasil, desde 2008, é crime ambiental pescar os camarões de espécie rosa, sete barbas, branco, santana e barba ruça durante seus períodos de reprodução (as datas variam conforme a região do país, mas o período de proibição pode chegar à quatro meses em algumas áreas, como na divisa entre Rio de Janeiro e Mato Grosso).
A versão sintética poderia ajudar a suprir a demanda por camarão, diminuindo a pesca irregular.
Mudança de foco
A ideia da empresa nem sempre foi focar no camarão. Inicialmente, o plano era tentar salvar tubarões. A proposta inicial era criar, em laboratório, um produto que se assemelhasse às barbatanas do peixe carnívoro. Em 2013, a Universidade de Dalhousie, no Canadá, estimou que cerca de 100 milhões de tubarões são mortos anualmente pela pesca.
Porém, os objetivos mudaram quando Michelle e Dominique perceberam que poderiam atingir ainda mais gente. O camarão é o fruto do mar mais consumido nos Estados Unidos.
Cor e gosto
O produto ainda está sendo desenvolvido, mas um elemento de sua composição já está definido, uma estirpe de algas (parte que funciona como raiz da planta) usada como alimento por camarões. É justamente essa substância que deixa o animal com a cor e o gosto que ele possui em natura.
Ainda não há datas para o lançamento oficial do produto, mas uma primeira leva feita para testes e demonstrações está planejada para fevereiro, nos Estados Unidos.
(Com informações da revista Superinteressante)
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