
Quando os mais bem intencionados voluntários ficam sabendo de um problema que acham que podem resolver, eles vão ao trabalho. Isso, segundo Ernesto Sirolli, é tolice. Nesta palestra engraçada e apaixonante, ele propõe que o primeiro passo é escutar as pessoas que você quer ajudar e explorar seu próprio espírito empreendedor.
Sirolli começou sua carreira na África, onde trabalhou durante sete anos apoiando as ações de uma ONG italiana. Porém, apesar dos esforços e das boas intenções, nenhum projeto dava certo. Segundo Sirolli, a causa era uma só: não ouvir o que os moradores locais tinham a dizer sobre os problemas que enfrentavam.
"Nós, os povos ocidentais, somos imperialistas, missionários colonialistas, e lidamos com as pessoas de dois jeitos: Ou nós as apadrinhamos ou somos paternalistas", diz. Para ele, um dos princípios mais fundamentais da ajuda deveria ser "se as pessoas não querem ser ajudadas, deixe-as em paz".
Em busca de uma alternativa a esse modelo, aos 27 anos ele criou um sistema de apoio a empreendedores que em vez de levar respostas prontas, escuta as ideias e opiniões das pessoas e as ajuda a colocar seus projetos em prática.
"A coisa mais importante é paixão. Você pode dar uma ideia a alguém. Se a pessoa não quer fazê-la, o que você vai fazer?", reforça. Assim, a metodologia se desenvolveu e já está presente em 300 comunidades pelo mundo, tendo ajudando a iniciar 40 mil negócios.
"Nós descobrimos que o milagre da inteligência do povo local é tal que você pode mudar a cultura e a economia dessa comunidade apenas capturando a paixão, a energia e a imaginação de seu próprio povo", conclui.
Assista abaixo à palestra na íntegra (para ver com legenda em português, selecione a opção ao lado do play):
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