Mais anos foram somados à expectativa média de vida no século 20 do que juntando todos os anos de todos os milênios anteriores da evolução humana. Mas será que a qualidade de vida desses idosos acompanhou essa crescente?
Para a psicóloga Laura Carstensen, a resposta é sim. Em palestra no TEDx Woman, ela demonstra que, à medida que as pessoas envelhecem, elas tornam-se mais felizes, satisfeitas, e com uma percepção mais positiva do mundo.
Com um número de idosos cada dia maior em todo o mundo, aumenta também a preocupação com problemas frequentemente associados ao envelhecimento, como doenças, pobreza e perda de status social. Mas, para Laura, a velhice pode não apenas ser plena para quem a vive, mas também melhora a qualidade de vida de pessoas em todas as idades.
Ela cita estudos que provam que o envelhecimento traz avanços notáveis para a qualidade de vida, como aumento do conhecimento, competência e melhoria de aspectos emocionais. “Os idosos são pessoas mais felizes do que as pessoas de meia idade, e do que os jovens”, defende.
Segundo as pesquisas, os idosos são mais positivos, encaram a tristeza mais confortavelmente, e conseguem ver a injustiça com compaixão, mas sem desespero. “Há um paradoxo em relação ao envelhecimento, o fato de reconhecermos que não viveremos para sempre muda nossa perspectiva em relação à vida para modos positivos”, observa a psicóloga.
Laura ainda defende o investimento em ciência e tecnologia, capazes, segundo ela, de não somente encontrar soluções para os problemas enfrentados pelos idosos, mas também de aproveitar a força dessa população.
“Sociedades com milhões de cidadãos talentosos e estáveis emocionalmente, que são mais saudáveis e mais instruídos do que qualquer geração anterior, armados de conhecimento sobre os assuntos práticos da vida e motivados para resolver grandes questões podem ser sociedades melhores do que as que tivemos até agora”, conclui a especialista.
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