Utilização do mercúrio pode ocasionar diversos danos à saúde dos garimpeiros/Foto: Arcady Genkin
Após a polêmica resolução do governo amazonense de autorizar, mesmo que sob condições restritivas, o uso do mercúrio nos garimpos de ouro, a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) deve anunciar a criação do Núcleo de Apoio à Pequena Mineração Responsável (NAP-Mineração Responsável).
A intenção do órgão é estimular o uso de tecnologias limpas em substituição ao mercúrio nos garimpos, segundo adiantou ao Jornal da Ciência Giorgio de Tomi, professor-associado do Laboratório de Planejamento e Gestão de Sistemas Georreferenciados (Lapol), provável diretor do projeto.
O projeto prevê a oferta de capacitação técnica e o fornecimento de um modelo de gestão e governança aos pequenos negócios de mineração que incentive a prática de tecnologias limpas. As soluções fornecidas abordarão o uso legal da mineração, os danos ambientais, na saúde e na segurança ocupacional.
A reitoria de pesquisa da USP confirmou que a medida está em estudo e será oficializada no próximo mês, quando seu edital for publicado no Diário Oficial. A proposta faz parte da nova fase de implementação de novos núcleos de pesquisas da USP.
Funcionamento
O Núcleo prevê reunir 12 subprojetos, executados ao longo de três anos, demando investimentos de R$ 3 milhões a R$ 5 milhões anuais. Os projetos serão realizados nas regiões brasileiras mineradoras, como Amazônia, Amapá, Rondônia e Pará.
O projeto prevê a criação de um centro de processamento de minérios, com uso de tecnologia limpa, e um centro de capacitação para treinar os garimpeiros. No caso da exploração do ouro, o núcleo orientará o uso da tecnologia mercury-free, utilizada pelas empresas mineradoras, a qual proporciona custos-benefícios superiores ao uso do mercúrio.
Com informações do Jornal da Ciência
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