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Vaso sanitário movido a energia solar recicla fezes e urina

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11/04/2014 às 16:40 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:58 - há XX semanas
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A luz focada passa por cabos de fibra óptica para aquecer uma câmara de reação em até 300°C. O calor esteriliza o excremento e o seca, dando origem ao biocarvão

A ideia pode soar engraçada, mas até as nossas fezes e urina podem ser recicladas. A garantia é de Karl Linden, professor de engenharia ambiental da Universidade do Colorado (EUA). Ao utilizar espelhos e cabos de fibra ótica, o pesquisador está desenvolvendo um vaso sanitário movido a energia solar que transforma os nossos dejetos em biocarvão.

O biocarvão é o nome dado à biomassa carbonizada. “Ele pode ser usado para cozinhar ou você pode colocá-lo no solo para que ele retenha mais nutrientes. Há muitos benefícios para a agricultura”, explicou o professor ao site ABC News. Além de aumentar o rendimento do solo, a produção de biocarvão "sequestra" CO2 da atmosfera. Em outras palavras, ele retém o dióxido de carbono que seria liberado pela decomposição natural de biomassa, sendo um dos gases causadores do efeito estufa.

O vaso sanitário que recicla excrementos ainda sai caro, mas Linden já está estudando uma versão mais viável

Linden pretende atender países em desenvolvimento, principalmente aqueles que sofrem com falta de água e saneamento básico. Assim, os dejetos passam a ser manejados com mais segurança, evitando muitas doenças por falta de saneamento.

Como funciona?

O vaso sanitário de Linden é composto por oito espelhos que focam a luz do sol em um quadrado de um centímetro de largura. A luz focada passa por cabos de fibra óptica para aquecer uma câmara de reação em até 300°C. O calor esteriliza o excremento e o seca, dando origem ao biocarvão.

Apesar de todo o processo depender da energia solar, não significa que o vaso possa ser somente utilizado à noite. Ele tem dois compartimentos que podem ser trocados: enquanto um enche, o outro recebe a luz solar. Quatro horas debaixo da luz são necessárias para tratar os resíduos.

O vaso sanitário que recicla excrementos ainda sai caro, mas Linden já está estudando uma versão futura com maior capacidade de uso, e que seja mais viável economicamente.

(Via Ecycle)

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