Micropartículas resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores
Foto: pedrorocha
Em uma sociedade na qual o "culto ao motor" parece não ter fim, os constantes engarrafamentos e o estresse causado pelos congestionamentos quilométricos estão longe de serem os únicos problemas à população. No estado de São Paulo, por exemplo, a má qualidade do ar respondeu por quase 100 mil mortes entre 2006 e 2011. Detalhe: os veículos provocaram 90% da poluição.
Os dados são de um estudo feito pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade, segundo o qual quanto maior a lentidão do trânsito, mais letal se torna o ar. O perigo, porém, nem sempre é visível, pois as micropartículas de poeira, conhecidas como PM2,5, medem apenas 0,0025mm. Elas resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores, e formam, por exemplo, a fuligem preta em paredes de túneis - extremamente nociva à saúde humana.
Em 2011 (dados mais recentes) a média para os municípios foi de 25 μg/m3, mais que o dobro dos 10 μg/m3 estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde. A consequência é pessoas doentes e gastos públicos elevados com saúde. Em Cubatão, por exemplo, a média anual de PM2,5 foi de 39,79 no período analisado. As mortes decorrentes à poluição na cidade paulista campeã desse ranking indesejado chegaram a 99, enquanto as internações oriundas da má qualidade do ar atingiram o número de 352. A conta? Um total de R$ R$611.575,00 - dinheiro público empregado nas internações.
Osasco, Araçatuba, Paulínia, São Bernardo do Campo, Santos, São José do Rio Preto, São Caetano do Sul, Taboão da Serra, Mauá e a capital São Paulo completam a lista das dez cidades mais poluídas do maior estado brasileiro, segundo o ranking.
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