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SUSTENTABILIDADE

Vencedores do Green Project Awards Brasil 2013 colocam à sustentabilidade em prática

Entre os ganhadores há desde uma pequena empresa do interior do Rio de Janeiro e um jovem empreendedor da periferia de São Paulo até um gigante como o Banco do Brasil. A versão brasileira do projeto originário de Portugal busca estimular o desenvolvimento sustentável e mobilizar a sociedade para o tema. Ao todo foram 188 projetos inscritos para as cinco categorias disponíveis.

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04/11/2013 às 18:10 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:11 - há XX semanas
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Ricardo Thaler Beck venceu na categoria Iniciativa Jovem
Foto: Felipe Setti

Estimular o desenvolvimento sustentável e mobilizar a sociedade para o tema. Esses são os principais objetivos do Green Project Awards Brasil 2013, que anunciou seus vencedores na sexta-feira, 1º de novembro, em cerimônia realizada em São Paulo. Entre os ganhadores dos prêmios principais em cada categoria há um gigante da economia brasileira, o Banco do Brasil, uma pequena empresa do interior do Rio de Janeiro, uma pesquisadora de Santa Catarina, o Sesi do Paraná e um jovem empreendedor da periferia de São Paulo. No total, foram reconhecidos 14 projetos de todo o país.

O Banco do Brasil foi o vencedor na categoria Produto ou Serviço com o projeto da Loja da Sustentabilidade, que comercializa produtos sustentáveis pela internet. “O lucro que nós construímos é um resultado que tem preocupação também com a sustentabilidade”, afirmou Robson Rocha, vice-presidente de gestão de pessoas do banco.

O Sesi-PR (Serviço Social da Indústria do Paraná) foi o vitorioso na categoria Iniciativa de Mobilização. O projeto vencedor foi o que promove as Redes de Desenvolvimento Local, com o objetivo de ajudar as cidades a atingirem os Objetivos do Milênio. Diva Vieira, uma das coordenadoras do programa, destacou, ao receber o troféu, que o propósito do Sesi-PR com o projeto “é contribuir com o desenvolvimento sustentável do país”.

Colocar o lixo numa sacolinha e deixar na rua para que ‘alguém’ pegue não é mais o ato mais sustentável que podemos fazer. Precisamos deixar de lado algumas ações mesquinhas que adotamos. É hora de fazer alguma coisa pela sustentabilidade”
Ricardo Thaler Beck, do projeto Quero Verde

Na categoria Gestão Eficiente de Recursos o prêmio principal foi para a Extrair – Óleos Naturais, de Bom Jesus do Itabapoana (RJ), com o projeto que extrai óleo de semente de maracujá a partir de resíduos de indústrias de sucos. Sandro Reis, proprietário da empresa, mostrou orgulho por uma microempresa do interior do Rio de Janeiro ter sido escolhida em uma categoria que tinha, entre os concorrentes, um gigante como o grupo Votorantim. “Agradeço a quem avaliou os projetos por valorizar uma pequena empresa vinda do interior do Rio, lá onde o vento faz a curva”, brincou. Ele lembrou que dirigiu a noite toda até a cidade do Rio para pegar um voo e chegar ontem pela manhã em São Paulo para o evento.

Pesquisa e juventude

A pesquisadora Regina de Fátima Peralta Muniz Moreira, do departamento de engenharia química da Universidade Federal de Santa Catarina, recebeu o prêmio principal na categoria Pesquisa e Desenvolvimento. Seu projeto prevê as aplicações ambientais de resíduos da mineração de carvão. A pesquisadora, muito emocionada, quase não conseguiu falar para agradecer o prêmio. “Estamos todos muito felizes”, resumiu.

E na categoria Iniciativa Jovem o vencedor foi Ricardo Thaler Beck, da Penha, zona leste da cidade de São Paulo, com o projeto Quero Verde. O programa usa resíduos de feiras livres para produzir húmus, usá-lo na produção de flores e vendê-las nos bairros por meio de assinaturas. As flores são entregues em bicicletas.

“Colocar o lixo numa sacolinha e deixar na rua para que ‘alguém’ pegue não é mais o ato mais sustentável que podemos fazer. Precisamos deixar de lado algumas ações mesquinhas que adotamos. É hora de fazer alguma coisa pela sustentabilidade, defendeu.

Menções honrosas e palestras

Além dos prêmios principais, em cada categoria foram entregues também menções honrosas. Entre os premiados com menções honrosas estão o Sesi-RJ, a Votorantim Industrial e o Centervale Shopping, de São José dos Campos.

A cerimônia teve palestras sobre mobilidade e outros temas ligados à sustentabilidade, como logística reversa. Entre os convidados estiveram Mônica Carrasquila, diretora da Bogotá Como Vamos, Mauricio Broinizi Pereira, coordenador da secretaria-executiva da Rede Nossa São Paulo e do programa Cidades Sustentáveis, Joubert Flores, diretor do Metrô Rio, e Carlos Leal Villa, presidente da Solví.

Países lusófonos

A segunda edição no Brasil do prêmio de sustentabilidade mais importante de Portugal teve 188 projetos inscritos para suas cinco categorias. Em Portugal, o prêmio obteve o reconhecimento do governo do país e da Comissão Europeia. O Green Project Awards Brasil é uma iniciativa da GCI, uma consultoria portuguesa especializada em sustentabilidade. Em cada país, o governo local é sempre um parceiro do programa. No Brasil, a co-realização é do INT (Instituto Nacional de Tecnologia), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Além de Brasil e Portugal, o GPA já chegou também a Cabo Verde e, no primeiro trimestre de 2014, devem ser lançadas as edições de Angola e Moçambique. A partir do ano que vem será entregue o prêmio CPLP – Green Project Awards para o principal projeto vencedor entre todas as categorias nos países envolvidos. A proposta é fomentar a cooperação econômica dos países de língua portuguesa e contribuir para a geração de sinergias em projetos de desenvolvimento sustentável entre os países membros da CPLP.

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