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Veneno de cascavel pode auxiliar no tratamento contra o câncer

Uma toxina contida no veneno da cascavel mostrou-se eficaz no tratamento de células cancerígenas durante uma pesquisa realizada no Instituto Butantan, em São Paulo. A pesquisa, que utilizou a crotamina, foi feita em camundongos com câncer de pele. O experimento aumentou a sobrevida do animal em 70%. A toxina também atrasou o desenvolvimento do tumor e, em alguns casos, até inibiu seu crescimento.

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03/11/2012 às 8:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:12 - há XX semanas
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A crotamina não afeta as células normais, mas mata as cancerígenas.
Foto: Herbert Kajiura

Uma toxina contida no veneno da cascavel mostrou-se eficaz no tratamento de células cancerígenas durante uma pesquisa realizada no Instituto Butantan, em São Paulo. A pesquisa, que utilizou a crotamina, foi feita em camundongos com câncer de pele. O experimento aumentou a sobrevida do animal em 70%. A toxina também atrasou o desenvolvimento do tumor e, em alguns casos, até inibiu seu crescimento.

De acordo com a geneticista e coordenadora do projeto, Irina Kerkis, a pesquisa iniciada em 2004 constatou que a crotamina mostra-se vantajosa em relação às demais drogas porque não apresenta os mesmos efeitos colaterais. "A crotamina é solúvel em diferentes solventes e não produz reação alérgica ou interfere na imunidade", explicou.

A crotamina não afeta as células normais, mas mata as cancerígenas. "Outro benefício é que ela marca as células cancerosas, por isso pode ser utilizada para descobrir quais as células afetadas", acrescentou Irina.

A pesquisadora apontou que a substância já foi patenteada no Brasil. Depois dos estudos, a droga passará a ser administrada em seres humanos. "A droga pode ser injetada e permanece 24 horas na célula, motivo pelo qual facilita o tratamento para o paciente". Uma outra forma de utilizar o medicamento é o implante subcutâneo, no qual doses diárias poderão ser liberadas no organismo.

Antes de ser testada em seres humanos, os estudiosos estão trabalhando para obter a crotamina na forma sintética. "A partir daí, podemos começar os testes clínicos se todos os resultados forem positivos. Podemos ter medicamento para melanoma ou outros tipos de câncer em até cinco anos".

Com informações da Agência Brasil.

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