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TEATRO

Carolina Ferraz chega a Salvador com peça dirigida por Jô

Em entrevista ao CORREIO, a atriz falou sobre a peça, que foi indicado ao Prêmio Pulitzer, sobre maternidade e a participação na nova novela das 19h

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Redação iBahia

27/05/2016 às 11:27 • Atualizada em 26/08/2022 às 23:20 - há XX semanas
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De um lado, a filha conservadora e reprimida. Do outro, a mãe que está à frente de seu tempo. O ponto em comum? As duas são interpretadas pela atriz goiana Carolina Ferraz, 48 anos, na peça Três Dias de Chuva, que tem direção e adaptação de Jô Soares e pode ser vista amanhã e domingo, no Teatro Jorge Amado.
Ao lado dos atores Otávio Martins e Fernando Pavão, Carolina mostra a complexa relação familiar na trama que se passa em duas épocas, 1995 e 1960. Em entrevista ao CORREIO, a atriz fala sobre a peça - cujo texto do americano Richard Greenberg foi indicado ao Prêmio Pulitzer, sobre sua recente maternidade e a participação na nova novela das 19h, Haja Coração. Confira:
Três Dias de Chuva aborda os conflitos familiares. O que acha do texto de Richard Greenberg?
É um dos textos mais bonitos e inteligentes que já li. Misturando comédia e drama, o autor consegue transmitir a complexidade que é essa relação de pais e filhos. Afinal, qual família não tem segredos, não é? No primeiro ato somos os filhos, no segundo ato somos os pais, 35 anos antes.
Você se identifica com as personagens Anna e Lina? Por quê?
A Anna (filha) tem um lado família, de proteger a prole, com o qual me identifico muito, mas é medrosa. Tem receio de se entregar ao amor e precisa de segurança material pra se firmar como ser humano, que definitivamente não condizem comigo. Já Lina (mãe), que tem a coisa de mulher que vai à luta, aceita os desafios e faz acontecer, é muito parecida comigo. O Jô, durante os ensaios, brincava que meu desafio era criar a Lina diferente do que já sou.
Qual é a importância da família para você, mãe de Valentina, 21 anos, e de Isabel, 1 ano (fruto do relacionamento com o médico e ator Marcelo Marins, 37 anos)?
Família é a base de tudo, é nosso porto seguro, motivo de alegria, amor incondicional. Em toda família existem conflitos porque, afinal, são constituídas de seres humanos em eterno estado de aprendizagem. Filhos mudam, pais também. O próprio jeito de ser mãe muda com o tempo, mas nunca a disposição para amar. Ser mãe é um estado de felicidade pleno – claro, acompanhado por todas as preocupações e responsabilidades que isso acarreta. E não, graças a Deus, não tem nada a ver com a peça! (risos)
Na novela Haja Coração você fará par romântico com um homem mais jovem. Como será abordado esse relacionamento?
Existe sempre este preconceito de uma mulher mais velha namorar um rapaz mais novo, enquanto a sociedade aceita tranquilamente um homem mais velho se relacionar com uma mulher mais nova. A paixão não escolhe idade, o amor não escolhe o RG: a gente ama, e quando isso acontece o mundo inteiro fica melhor. Engraçado dizer isso, porque é mais ou menos a sensação que saio depois de fazer a peça Três Dias de Chuva, essa certeza de que o amor é sempre a melhor resposta pras perguntas da vida.
O que acha das novas configurações familiares?
Ninguém é capaz de julgar o que os outros fazem, todos somos cheios de defeitos e de boa vontade. As novas configurações familiares não são mais do que um reflexo do nosso tempo: a sociedade está sempre em constante evolução. Aprender a aceitar as mudanças, a tolerar as diferenças e amar o próximo é o mínimo que um ser humano deve fazer. Família é (sempre foi) muito mais que um casamento tradicional: família é gente que se ama, que cuida e se protege. Família é amor.
Correio24horas

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