Em uma noite de reunião de estrelas do teatro baiano para a entregado 22º Prêmio Braskem de Teatro, ontem, a grande vencedora foi a comédia, gênero celebrado pela cena local em cerimônia no Teatro Castro Alves, sob direção de Fernando Guerreiro. E, como nos anos anteriores, a premiação foi marcada pela criatividade e inventividade. No palco, os atores Alan Miranda, Cristiane Mendonça, Denise Correia, Fafá Menezes, Jackson Costa, Marcelo Prado e Rafael Medrado encenaram um grande espetáculo de humor,com direito a trilha sonora ao vivo da banda Retrofoguetes, que abriu com um pout-pourri formado pelos clássicos da MPB Tico-Tico no Fubá/O Que É que a Baiana Tem/Mamãe eu Quero. A peça cômica, centrada no sumiço da personagem Odete, A Vedete, foi permeada por referências ao teatro baiano, mas não deixou de lado as críticas por conta da dificuldade de se fazer teatro na Bahia. “O máximo que fazemos é chorar no pé do caboclo”, brincou um dos atores, se referindo a uma manifestação recente de artistas na praça do Campo Grande.
A primeira vencedora da noite foi a atriz Evana Jeyssan, na categoria Revelação. Em seguida, o cenógrafo e diretor de arte Erick Saboya recebeu o prêmio na categoria especial, pela ceno grafia de A Bundade Simone. A nova categoria, Espetáculo do Interior, foi entregue a Algaravias, O Marujeiro da Lua, montagem de Jequié. Paula Lice ganhou o prêmio de melhor texto, pela peça infantil Para o Menino Bolha. Wanderley Meira, de As Confrarias, foi premiado como melhor Ator e ofereceu o troféu ao companheiro com quem mantém uma relação de 15 anos: “Nesse país maluco de Bolsonaros, homem pode sim, casar com homem e mulher com mulher”, sentenciou, como uma forma de protesto,e foi bastante aplaudido. No ar com a novela das 18h da Globo/TVBahia, Sete Vidas, Cyria Coentro não esteve presente para receber o troféu de melhor atriz, pelo monólogo Love, mas foi representada pela diretora Hebe Alves. Responsável por Compadre de Ogum, Edvard Passos foi agraciado como melhor diretor. O musical O Circo de Só Ler ganhou como melhor espetáculo Infanto juvenil, e As Confrarias, de Paulo Cunha, levou o prêmio máximo, de Espetáculo Adulto. Além da vibração dos premiados, dois momentos mereceram especial destaque: a homenagem à atriz Maria Adélia, 82 anos, que recebeu um troféu das mãos de Harildo Déda. Referênciado teatro de humor no Estado, a Cia Baiana de Patifaria, criada em 1987, foi uma das homenageadas. “Nós somos produtores e geradores de sonhos, geradores de arte e também geradores de empregos.A visão que tenho daqui desse palco é de artistas que estão fazendo a história do teatro brasileiro”, disse Lelo, que fez ainda homenagem emocionada a Moaci Moreno, um do fundadores do grupo,morto 1994. Confira os vencedores da premiação: Espetáculo Adulto: As Confrarias Espetáculo Infan-tojuvenil: O Circo de Sóler Texto: Paula Lice, por Para a Menina Bolha Direção: Edvard Passos, por Compadre de Ogum Ator: Wanderley Meira, por As Confrarias Atriz: Cyri a Coentro, por Love Revelação: Evana Jeyssan, pelo trabalho de atriz em As Confrarias Categoria Especial: Erick Saboya, pela cenografia
Foto: Evandro Veiga/Correio* |
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade