Segue em cartaz no Teatro Vila Velha o espetáculo Destinatário Desconhecido, que traz à tona um tema pouco discutido pelo teatro baiano: o nazismo. Baseada no livro homônimo de Kathrine Kressmann Taylor, com versão teatral de Gil Vicente Tavares, a montagem oferece uma abordagem atual e destaca o cotidiano do que é tratado como grande momento histórico.
O espetáculo aborda a relação de dois amigos que deixam a Alemanha fugindo da crise que arruinou o país depois da Primeira Guerra Mundial. A história é contada através da troca de cartas entre os amigos a partir do momento em que um deles decide voltar a viver na Alemanha. A amizade sofre então uma série de reviravoltas, que tem como plano de fundo a ascensão de Hitler no país. Veja também: Ópera clássica italiana é apresentada pela primeira vez no TCA “Não é um espetáculo confortável de se ver, em que o público vai ficar parado, apenas contemplando. Provocamos um incômodo no espectador e tudo ali tem um porquê”, revela Zeca de Abreu. Este espetáculo fala do momento caótico em que vivemos e de como não podemos ser passivos”, explica a diretora. A montagem, que fica em cartaz até o dia 1º de dezembro, sempre de sexta a domingo, tem no elenco os atores Carlos Betão, vencedor do Prêmio Braskem de Teatro de melhor ator em 2011 pelo espetáculo Sargento Getúlio, e Cláudio Machado, indicado ao Braskem de melhor ator em 2012 pela peça O Segredo da Arca de Trancoso (vencedora na categoria infantojuvenil), da qual também é diretor. A direção musical é de Jarbas Bittencourt, premiado duas vezes pelo Braskem de Teatro, e a iluminação é assinada por Valmyr Ferreira, que vem do Rio para trabalhar no espetáculo. O figurino é assinado por Marisia Motta, a direção de objetos por Dan Rodrigues e as projeções em vídeo por Alexandre Marinho da Moinho Filmes. Informe-se mais sobre o espetáculo Matéria original Correio 24h: Espetáculo em cartaz no Vila Velha leva reflexões sobre o nazismo para o palco
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