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Como as cidades podem se tornar inteligentes?

Elas surgem como uma resposta às demandas socioeconômicas e ambientais dos grandes centros urbanos

Redação iBahia • 28/09/2018 às 14:08 • Atualizada em 27/08/2022 às 13:48 - há XX semanas

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O termo “cidade inteligente” tem sido usado com cada vez mais frequências nos telejornais e pelos veículos de notícias. Os mais curiosos podem encontrar o termo com algumas variações de conceito na internet e nos livros, mas há sempre um ponto que liga todos eles: um desenvolvimento entre tecnologia, sustentabilidade e os bens de serviços oferecidos.

Esses avanços tecnológicos são utilizados para proporcionar uma maior qualidade de vida para a população, aliada a resolução de problemas pungentes, como o trânsito caótico ou identificação de áreas de riscos de deslizamento. E não é utópico pensar que a tecnologia pode transformar e melhorar grandes centros urbanos em cidades inteligentes.

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Foto: Reprodução

Análise de dados
As melhorias possibilitadas pela tecnologia estão relacionadas com uma maior capacidade de analisar e interpretar um grande volume de informações coletadas, o que vai identificar comportamentos e tendências. Com cada vez mais pessoas conectadas, houve também um aumento na possibilidade de análise dos dados, assim como de fontes de onde esses dados provêm.

Como consequência, tornou-se mais fácil usar essas informações em pesquisas de campo sobre o comportamento dos cidadãos.

Esses dados, por meio do big data, permitem que o usuário receba informações personalizadas na tela do seu celular. Por exemplo, ao utilizar uma rede de dados móveis ou um aplicativo que captura as informações do GPS, você compartilha sua localização e pode receber informações que sejam do seu interesse, como notícias do trânsito na região onde você se encontra ou o horário de partida do próximo trem do metrô.

“Semáforos, placas, câmeras, celulares e antenas de telefonia são exemplos de equipamentos que produzem dados. Em cidades inteligentes, esses dados são utilizados para entender o comportamento das pessoas e se adaptar para atender as necessidades dos cidadãos, usando a tecnologia”, esclarece Rafael Molina, especialista em engenharia da informação e gestor de projetos de inovação da Cittati.

Uma resposta à tecnologia
As cidades inteligentes surgem como uma resposta às demandas socioeconômicas e ambientais dos grandes centros urbanos. Através da evolução tecnológica, elas melhoram serviços urbanos e levam mais qualidade de vida para a população. Além disso, a tecnologia também é usada para transformar a relação entre governos, cidadãos e negócios.

“Além de aplicar inteligência aos mais variados setores, coordenando transversal e intersetorialmente os assuntos e os atores urbanos, um outro elemento que caracteriza a smart city é o ser sustentável. Consumir menos recursos e produzir maior valor econômico e social é um de seus objetivos principais”, opina a especialista em inovação e transformação digital Andrezza Torres.

Para ela, as cidades que se encontram mais avançadas nessa relação com a tecnologia já apresentam uma melhora na gestão, além de conseguir integrar serviços municipais, informações aos cidadãos e Internet das Coisas (IoT) em uma mesma plataforma tecnológica. “A integração vertical, em que cada área funcional, associada geralmente a uma secretaria (Desenvolvimento, Inovação, Tecnologia, ou outra correlata), lidera a digitalização dos serviços, e promove o aperfeiçoamento da forma de gerir os recursos sociais e econômicos”, diz Torres.

Como uma cidade pode se tornar inteligente?
O processo para que uma cidade se relacione melhor com a tecnologia a ponto de ser considerada uma smart city pode ser longo e envolve passos como análise de dados, comunicação e sustentabilidade. Segundo o estudo The development os smart cities in China, realizado pela Utrecht University, na Holanda, as camadas que contemplam o processo de tornar uma cidade inteligente são: as redes, a coleta de dados, as plataformas e as aplicações inteligentes.

Mas como essas quatro camadas dialogam? Enquanto a coleta de dados monitor a infraestrutura pública e as pessoas, as redes levam essa informação até as plataformas, que são responsáveis pelo processamento dos dados coletados. A última etapa desse processo são as aplicações inteligentes, ou seja, transformas esses dados em ações efetivas que impactem no cotidiano das pessoas.

Com esses recursos, as cidades podem entender o conceito e as necessidades dos cidadãos, implantar as tecnologias com o intuito de solucionar problemas específicos por meio de um planejamento e ter projetos com objetivo de unir os cidadãos e os setores público e privado.

Além disso, é preciso um envolvimento do governo, mercado e sociedade para que haja a criação de uma smart city, com recursos financeiros e intelectuais. De acordo com o Portal Geração Smart Grid, outros três fatores são importantes para ajudar uma cidade a se tornar inteligente: entender e buscar meios para que a cidade possa fazer a análise de dados em tempo hábil; começar essa mudança com projetos pequenos e crescer a partir deles; e educar as pessoas para que os benefícios proporcionados pela cidade inteligente se tornem relevantes para os cidadãos.

“O cidadão tem um papel fundamental para o desenvolvimento deste processo, onde podemos destacar a utilização dos canais digitais na interação com as aplicações desenvolvidas para as cidades e com a gestão pública, através de seus canais de atendimento”, avalia Mauro Fukuda, diretor de Estratégia, Arquitetura e Tecnologia da Oi.

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