A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) fechou, na sexta-feira (25), a venda do complexo turístico Costa do Sauípe, na Bahia, para a Companhia Termas do Rio Quente, de Goiás, pelo valor total de R$ 140,5 milhões. No ano passado, o complexo de Sauípe teve prejuízo de R$ 29 milhões, 26% maior que o resultado já negativo apurado em 2015. A receita operacional líquida cresceu 3,7% para R$ 198,9 milhões, ao tempo que os custos aumentaram 6% para R$ 199,9 milhões. A taxa de ocupação cresceu 1,5% em relação a 2015, devido à demanda do exterior.
O Grupo Rio Quente comunicou oficialmente a aquisição nesta segunda-feira (27). Com a compra, o Grupo dobra seu tamanho e se torna um dos maiores grupos nacionais do segmento. Para 2018, o grupo prevê faturar R$ 675 milhões, sendo R$ 240 milhões provenientes da operação de Sauípe.
O negócio encerra uma longa fase de dificuldades que a Previ enfrentou em relação ao empreendimento, do qual tentava se desfazer há pelo menos uma década. Somente até 2010, o investimento da Caixa de Previdência dos Funcionários do BB já havia investido cerca de R$ 450 milhões no projeto, segundo reportagem publicada pelo Estado da época.
Há sete anos, algumas ofertas surgiram, como as feitas pela rede espanhola Quail e pelo investidor espanhol Enrique Bañuelos, ambas na casa dos R$ 200 milhões.
Leia também:
Enquanto isso, a Fundação de Funcionários do Banco do Brasil mantém ação desde 2008 na Justiça, na qual pleiteia indenização de R$ 242 milhões da Odebrecht por problemas estruturais na construção do projeto. A empresa, que idealizou e executou o complexo em 1993, deixou a parceria do empreendimento há dois anos. A Previ firmou parceria em 1997 e a obra foi inaugurada em 2000.
A Rio Quente pagará à Previ o equivalente R$ 3,80 por ação ON e PN da Sauipe S.A., controlada pelo fundo de pensão dos funcionários do BB. São 12,3 milhões de ações ON e 24,6 milhões de papéis PNA, que representam 100% do capital social da Sauípe.
Os valores podem sofrer ajustes de acordo com o endividamento líquido e o capital circulante da companhia vendida.
Distante 76 quilômetros de Salvador, o megacomplexo Costa do Sauípe S.A., localizado na bela mas arredia praia de Sauípe, foi anunciado a ser o candidato a destino turístico número um do Brasil. Construído em terreno da Odebrecht e financiado pelo fundo de Previdência Privada do Banco do Brasil (Previ), o Costa do Sauípe consumiu cerca de R$ 340 milhões. São 176 hectares, por onde se espalham 5 resorts construídos por três das maiores empresas de hotelaria do mundo, seis pousadas, campo de golfe, 15 quadras de tênis, área de lazer com piscinas, lojas, bares e restaurantes.
A negociação agrega ao portfólio do Grupo mais seis hotéis, com 1.564 apartamentos, além de estrutura para eventos de 40 salas (3.900 m²) e uma arena (5.125 m²) que acomodam 3, 5 mil pessoas. A aquisição contemplou ainda as 15 quadras de tênis, a área kids (4.000 m²) e a Vila Nova da Praia. Com a compra, o Grupo passa a contar com 12 hotéis e mais de 2.700 unidades habitacionais.
“O Grupo usará sua expertise na administração dos três parques que já possui no Rio Quente – Hot Park, Parque das Fontes e Eko Adventure Park – para intensificar o sucesso do destino que já é sinônimo de diversão, aventura e negócios no Nordeste; além de atrair mais turistas e ampliar suas fontes de receitas”, disse o grupo, em nota.
Atualmente, o Grupo Rio Quente tem um complexo turístico em Rio Quente, uma operadora de viagens e uma empresa de gestão de férias compartilhadas que, juntas, preveem um faturamento de R$ 386 milhões em 2017.
O complexo em Goiás é composto por seis hotéis e três parques, que recebem uma média de 1,5 milhão de visitantes por ano. O Grupo é ainda pioneiro no modelo de férias compartilhadas, contando atualmente com 26 mil associados no Rio Quente Vacation Club.
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!