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Ingressos da última turnê do Planet Hemp em Salvador já estão à venda

Show será realizado no dia 13 de setembro, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), no Campo Grande

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18/08/2025 às 15:45 • Atualizada em 19/08/2025 às 9:31 - há XX semanas
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Salvador será a primeira cidade a receber a turnê "A Última Ponta", que marca a despedida da banda Planet Hemp. O show será realizado no dia 13 de setembro, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), no Campo Grande. A realização é da 30e e Multi Entretenimento.


					Ingressos da última turnê do Planet Hemp em Salvador já estão à venda
Foto: Wilmore

Na capital baiana, os ingressos custam R$ 185 (inteira) e R$ 92,50 (meia) no primeiro lote. As vendas já estão sendo realizadas através do site Sympla ou na bilheteria do Teatro Castro Alves (TCA).

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Atualmente, o grupo é composto por Marcelo D2 (vocal), BNegão (vocal), Formigão (baixo), Nobru (guitarra), Pedro Garcia (bateria) e Daniel Ganjaman (guitarra e teclados). A banda se destaca pela fusão inovadora entre rap, rock'n roll, psicodelia, hardcore e ragga, incorporando elementos da música brasileira. Essa mistura resultou em uma identidade sonora única que não apenas influenciou o cenário musical e político do país, mas também se posicionou como uma voz audaciosa na defesa da legalização da maconha, desafiando as estruturas conservadoras da sociedade brasileira.


					Ingressos da última turnê do Planet Hemp em Salvador já estão à venda
Foto: Wilmore

"Fizemos um belo trabalho nesses 30 anos de carreira, mas tudo tem um final. O Planet Hemp tem uma energia muito forte que não queremos que se apague", afirma D2. "Já namoramos essa ideia há pelo menos dois anos, mas a parceria com a 30e foi crucial para podermos realizar esta turnê. Vamos aproveitar esses últimos momentos juntos, na estrada, como banda, e nos conectarmos mais uma vez com essa galera que está nos apoiando desde o início”, complementa.

Trajetória do Planet Hemp


					Ingressos da última turnê do Planet Hemp em Salvador já estão à venda
Foto: Wilmore

Criado em 1993, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, o Planet Hemp surgiu com os integrantes Marcelo D2, Skunk, Rafael, Formigão e Bacalhau. Posteriormente, nomes como BNegão e Black Alien também integraram o grupo.

A primeira conexão entre Skunk e Marcelo D2 aconteceu graças a uma camiseta estampada com a banda californiana Dead Kennedys. Na época, em 1992, D2 vendia camisetas de bandas de rock e vinis usados no Catete. A afinidade musical e a amizade que se formou entre os dois resultaram na criação do Planet Hemp, que começou a se apresentar em casas alternativas do Rio e de São Paulo antes mesmo de lançar um álbum, movimentando a cena underground.

Em 1994, a trajetória de Skunk foi interrompida de forma precoce: ele morreu aos 27 anos. BNegão, que já acompanhava o grupo, assumiu os vocais e consolidou a formação que se tornaria histórica. "O Planet tem essa coisa singular de ser uma banda underground que habita o mainstream de forma convicta, e isso vai ser levado às últimas consequências nessa tour", afirma o músico.


					Ingressos da última turnê do Planet Hemp em Salvador já estão à venda
Foto: Wilmore

O álbum de estreia, "Usuário" (1995), rapidamente se tornou um clássico, com letras diretas e beats pesados. Foi o cartão de visita da banda, com faixas como "Legalize Já", um manifesto pela descriminalização da maconha; "Dig Dig Dig (Hempa)", crítica à guerra às drogas; e "Mantenha o Respeito", um grito contra o autoritarismo policial.

O discurso direto, irônico e subversivo do Planet Hemp garantiu respeito na cena musical, com mensagens constantes que defendem a legalização da maconha como expressão de liberdade, além de denunciar a violência policial e a destruição ambiental. "O Planet Hemp surgiu com menos de 10 anos após a Ditadura Militar. Se falava muito do que se podia e não. Fomos vanguarda ao falar da legalização das drogas, mais que a questão medicinal, abordamos o prejuízo social que a ilegalidade traz. Puxamos conversas que foram necessárias para a sociedade, levantando assuntos que nem podiam se falar nos anos 1990", afirma D2.

Em 1997, no auge do sucesso, os integrantes foram presos após um show em Brasília, acusados de "apologia às drogas" por conta das letras e discursos. O episódio teve grande repercussão, mobilizou artistas e intelectuais, e transformou o grupo em símbolo de resistência cultural e liberdade de expressão. A prisão, longe de enfraquecer o Planet Hemp, fortaleceu sua base de fãs e acendeu o debate sobre os limites da arte e da censura no Brasil pós-ditadura.


					Ingressos da última turnê do Planet Hemp em Salvador já estão à venda
Foto: Wilmore

A discografia inclui "Os Cães Ladram Mas" a "Caravana Não Pára" (1997), lançado logo após a prisão, com faixas ainda mais incisivas sobre repressão e desigualdade; "A Invasão do Sagaz Homem Fumaça" (2000), que aprofundou o experimentalismo sonoro; e "JARDINEIROS" (2022), que marcou o retorno da banda com produção contemporânea e a mesma fúria política. Esse último trabalho rendeu dois prêmios Grammy Latino em 2023, nas categorias "Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa" e "Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa", com a faixa "DISTOPIA", parceria com Criolo - prova de que o Planet Hemp segue relevante após três décadas.

Com letras combativas, postura antissistema e shows incendiários, o Planet Hemp consolidou-se como uma das principais vozes da contracultura brasileira, influenciando tanto a música quanto o discurso político e social. Seu legado atravessa gerações, desafia normas e amplifica lutas que ainda estão longe de terminar. A turnê "A Última Ponta" encerra essa trajetória consagrada, com direito a apresentação no Allianz Parque.

O trabalho mais recente do grupo é o registro audiovisual "BASEADO EM FATOS REAIS: 30 ANOS DE FUMAÇA (AO VIVO)", gravado em São Paulo, com participações especiais de Pitty, BaianaSystem, Major RD, Rodrigo Lima e Tropkillaz. "O show que fizemos para a gravação do DVD dá uma boa dica do que os fãs podem esperar desta turnê. Teremos mais tempo de palco, tocando algumas músicas que não tinham entrado no repertório e, claro, com convidados que passaram pela história do Planet", resume D2.

SERVIÇO: Planet Hemp - A Última Ponta

  • Quando: 13 de setembro de 2025 (sábado);
  • Local: Concha Acústica - Av. Alberto Pinto, 11 - Campo Grande, Salvador (BA);
  • Horário de Abertura da casa: 17h;
  • Classificação Etária: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais;
  • Ingressos, vendas online e na bilheteria do Teatro Castro Alves:Plateia Lote 1 - R$ 92,50 (meia-entrada legal) | R$ 185,00 (inteira);Plateia Lote 2 - R$ 102,50 (meia-entrada legal) | R$ 205,00 (inteira);Plateia Lote 3 - R$ 112,50 (meia-entrada legal) | R$ 225,00 (inteira).

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