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Abadá em blocos menores pode sair por até R$ 30 a cada dia

Aberto há um mês no Shopping Piedade, o balcão do Projeto Samba Vivo vende abadás de blocos de samba e de entidades de matrizes africanas

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31/01/2014 às 8:51 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:59 - há XX semanas
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O início do mês está chegando e o salário também. O último antes do Carnaval. E se você gosta de brincar a festa vestindo abadá, mas tem que dividir o ordenado de janeiro com outras despesas como impostos, despesas com colégio, dívidas do Natal, pode aproveitar as promoções de blocos mais baratos. É possível, por exemplo, sair no bloco Commanche do Pelô, que desfila no Campo Grande no domingo, na segunda e na terça-feira, levando várias atrações de pagode, pagando R$ 180 pela casadinha (passaporte para duas pessoas) para os três dias. Fica R$ 30 para cada abadá por dia. E ainda dá para dividir em até seis vezes sem juros no cartão de crédito. O bloco Samba & Folia, com o sambista Péricles, está custando R$ 180, com casadinha por R$ 300, desfilando quinta-feira na Avenida. Para ver Péricles, também dá para parcelar, mas em menos vezes, quatro no cartão. Já o Harmonia do Samba, que desfila na sexta no bloco Reduto do Samba, custa R$ 180 o ingresso individual, mas a casadinha sai por R$ 300. O grupo paulistano Revelação desfila apenas no sábado, com o bloco Vem Sambar, e o abadá sai por R$ 200. Achou pouco? Que tal curtir Pablo, a voz romântica que arrasta multidões, por R$ 80, ou em três parcelas sem juros de R$ 26,67? A casadinha, que sai por R$ 140, também pode ser dividida no cartão, e a mensalidade fr menos de R$ 50. O cantor vai desfilar na Barra. Tudo bem. Sabemos que blocos como Commanches do Pelô e Samba & Folia não são grandes nem famosos. Não podem competir com um Camaleão da vida, que neste Carnaval vai ter Bell Marques pela última vez à frente do Chiclete com Banana, cobrando, em média, R$ 1,5 mil por dia por pessoa. DiversãoMas tem gente que junta o preço baixo com a fome de festa e consegue, sim, se divertir bastante. O mecânico Robson Silva Santos, 28 anos, saiu no Commanche com os amigos em 2011. “Foi tranquilo. É pagode, mas é um pagode tranquilo. Não tem confusão, é um bloco que não tem muita bagunça, dá para curtir bem.” Na época, Robson comprou três abadás, para ele e os amigos, por um preço especial. “Um colega meu estava vendendo na Cidade Nova e cada camisa saiu por R$ 35”, afirma. “A gente curtiu bastante, mas esse ano vou sair nos Filhos de Gandhy”, diz ele. Mas ele explica que só escolheu outro bloco este ano porque gosta de curtir a festa com a galera. “Para o ano, eu volto para o Commanche”, promete. Aberto há um mês no Shopping Piedade, o balcão do Projeto Samba Vivo vende abadás de blocos de samba e de entidades de matrizes africanas, como Ilê Aiyê, Alerta Geral, Os Negões e Alvorada. “Antes, para comprar um abadá desses tinha que ir até a sede do bloco. Agora você acha tudo num lugar só”, afirma a vendedora Terezinha dos Santos. A produtora cultural Cris Santana é a dona do projeto e conta que o público é bem variado. “Não é só gente mais velha, como muitos pensam. Vai de acordo com o poder aquisitivo e o gosto de cada um. Tem muita gente nova aderindo ao samba, mas tem gente que acompanha há muitos anos também”, define. A vendedora Geisiane Ferreira de Jesus, 28, parou no balcão para se informar sobre o bloco Reduto do Samba, que desfila com a banda Harmonia do Samba na sexta-feira. “Eu nunca saí, mas disseram que era bom”, diz ela. O bloco sai no Campo Grande, e custa R$ 180 – a casadinha sai por R$ 320. “Só preciso ver com minha irmã, que vai sair junto comigo”, conta Geisiane que, no ano passado, saiu em blocos mais caros, com cantores como Tomate e Saulo Fernandes. “Esse ano, vou sair com ‘os grandes’ de novo, mas sexta-feira quero ir ao Campo Grande”. Para sair nos grandes - Nana Banana, Crocodilo, Bloco Coruja e Cocobambu - ainda é possível encontrar abadás para todos os dias. Os preços variam de R$ 270 (Crocodilo com Daniela Mercury, na segunda-feira) a R$ 1,3 mil (Bloco Coruja, com Ivete e Saulo). Só não para o Camaleão, com Chiclete - que só tem abadá para segunda a R$ 1.490.
Vendas na Central estão 40% maiores este anoA gigante Central do Carnaval, que ano passado vendeu nada menos que 175 mil abadás, está vendendo mais do que em 2013, de acordo com o sócio-diretor da Central, Joaquim Nery. Ele credita o sucesso a um conjunto de situações. “Uma das coisas é a retomada da imagem positiva da cidade de Salvador. Lá fora as pessoas veem que a cidade está voltando a brilhar. De uma maneira geral, tudo indica que teremos um Carnaval melhor”, diz Nery. Pelos cálculos de Nery, que compara as vendas de hoje com período semelhante do ano passado - 27 dias antes do início da festa - as vendas estão 40% maiores do que as do Carnaval de 2013. Entre os fatores que influenciaram na vendas estão, segundo ele, o anúncio da saída de Bel Marques do Chiclete e o fato de Daniela Mercury, que comanda o Crocodilo, conhecido por arrastar foliões gays, ter assumido a homossexualidade.

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