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Antecipar restituição do imposto de renda pode ajudar a pagar dívidas

Linha tem taxas de 2,40% ao mês, uma das mais baixas do mercado

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25/03/2012 às 11:35 • Atualizada em 27/08/2022 às 5:39 - há XX semanas
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Quando o assunto é antecipar o recebimento da restituição do Imposto de Renda (IR) em um banco, o sócio-diretor da Moneyfit, Antonio de Julio, é bem direto. "A resposta é simples, porque tudo que é emprestado tem um custo. Este é o conceito de empréstimo. O que o interessado tem que se perguntar é: quanto custa este crédito?". Como a restituição do IR sairá até dezembro (o primeiro lote começa em junho), segundo cronograma divulgado pela Receita Federal, os bancos oferecem taxas de juros menores para este tipo de empréstimo, já que as instituições têm mais garantias. Julio lembra que as taxas para a antecipação da restituição, que variam entre 2,40% e 3%, são consideradas as menores do mercado (confira tabela na página ao lado). "Só os juros do crédito consignado e do penhor de joias são mais baixos do que os da restituição", acrescenta o consultor. Simulação A pedido do CORREIO, o sócio-diretor da Moneyfit fez uma simulação de financiamento para quem está pensando em antecipar a restituição. Caso o contribuinte tenha dívidas no cartão de crédito ou no cheque especial, a antecipação é uma boa solução, já que os juros cobrados serão mais baixos. Considerando que a pessoa vai pegar um empréstimo por nove meses, que tenha R$ 1 mil para receber da restituição e que pague uma taxa de 2,4% de juros ao mês, no final da operação ela terá pago 23,9% de juros. "Isto significa que ela pagará R$ 237 de juros", comenta Julio. Já se a pessoa tiver a mesma dívida no cartão de crédito, com juros mensais de 12%, ela pagará R$ 1.173 de juros no final dos nove meses. "Também recomendo que o cliente pesquise, que vá ao banco e peça ao gerente uma taxa mais baixa. O máximo que ele pode ouvir é um não". Perigo Um outro alerta quando se trata de pegar um empréstimo baseado na restituição do IR é o maior cuidado para não cair na malha fina da Receita Federal. Como é requisito ser correntista do banco que concede o empréstimo, este valor que cairá até dezembro é a garantia que o contribuinte poderá devolver o valor tomado. O gerente de atendimento da Caixa Econômica Federal da agência Comércio, Agnelo Neto, informa que se o cliente não tiver como pagar com recursos próprios, antes da restituição, há uma outra opção. "Ele pode fazer uma renegociação da dívida, mas em outra linha de crédito", alerta. O gerente diz que mesmo que o contribuinte já tenha um empréstimo no banco, isso não será um impedimento para a restituição. "Ele vai solicitar uma avaliação na agência, que sai no mesmo dia, e deve levar documentos como identidade, CPF, declaração do IR, comprovante de residência e de renda". O gerente da Caixa destaca ainda que o processo para a liberação do crédito também é simples. VantagemO superintendente executivo de Empréstimos Pessoa Física do Santander, Rogério Estevão, reforça a vantagem da linha de crédito que antecipa a restituição. Para ele, esta linha é uma boa opção para quem precisa do dinheiro para pagar outra dívida mais cara. "A principal vantagem é que, ao contrário de um crédito pessoal, este valor emprestado não é debitado na sua renda mensal. E sim, apenas quando depositado o valor da restituição pela Receita. Estevão explica que o Santander libera até R$ 8 mil, quando o cliente faz o pedido em um canal remoto, como internet ou caixa eletrônico. Se o valor é solicitado pessoalmente não há limite. "É um financiamento que vem crescendo ano após ano", comemora o superintendente do banco.

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