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Violência

Estudante denuncia agressão e atos racistas em bar de Salvador

Caso aconteceu no Rio Vermelho, um dos bairros mais boêmios de Salvador. Agressão física foi flagrada por câmera de segurança instalada dentro do bar

Redação iBahia • 11/07/2023 às 21:43 • Atualizada em 11/07/2023 às 21:54 - há XX semanas

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					Estudante denuncia agressão e atos racistas em bar de Salvador
Foto: Dalton Soares/ TV Bahia

Um estudante universitário denunciou ter sido vítima de agressão e de atos racistas em um bar do Rio Vermelho, um dos bairros mais boêmios de Salvador. Em entrevista ao g1 Bahia, Pedro Paulo Docílio Pereira contou que comemorava o final do semestre com três amigos (um homem e duas mulheres), quando foi abordado por uma jovem.

De acordo com o estudante de 21 anos, ele estava na fila do banheiro quando a mulher se aproximou com um copo de bebida. Ela relatou que não queria mais beber e em seguida, ofereceu a bebida a Pedro. Ele não quis e os amigos, então, teriam aceitado o copo.

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Nesse momento, uma segunda mulher - que seria companheira da garota - se aproximou e deu um tapa na mão do amigo que aceitou a bebida. O copo caiu e Pedro disse que "ela pegou o copo do chão e arremessou na parede."

O universitário afirmou que ele e os amigos não entenderam o motivo da ação da mulher. Com raiva, a mulher declarou: 'Você se acha porque você é negro, né? Você se acha porque você é negão'. Eu falei: 'Moça, eu não te conheço. Só peço que você me respeite'".

Em seguida, Pedro teria voltado à conversar com os amigos e a suspeita foi até ele novamente e continuou: 'A diferença entre mim e você é que você é preto e eu sou branca". Neste momento, deu um tapa no rosto dele.

"Em nenhum momento falei algo com ela, encostei na companheira dela ou assediei. Eu não fiz nada", afirmou.

Preocupado, Pedro ainda perguntou para as duas mulheres se elas se sentiram assediadas por ele e pediu desculpas, com a intenção de acabar com algum mal entendido. "Falei que se elas tivessem se sentido ofendidas em algum momento, que me desculpassem, mas eu não tinha feito nada", ressaltou.

O caso aconteceu na sexta-feira (7) e foi registrado na Central de Flagrantes de Salvador, no dia seguinte - 8 de julho. A apuração será iniciada pela 7ª delegacia, responsável pela região. Em nota, a Polícia Civil informou que uma equipe da Polícia Militar foi acionada pela gerente do bar, com a informação de que o jovem foi vítima de injúria racial por uma mulher. Afirmou ainda que o caso será investigado.

Em nota, o bar Bombar informou que repudia a situação. Confira abaixo a nota na íntegra:

"Comprometidos com todas as políticas anti-racistas, anti-homofobia, anti-transfobia, anti-assédio e a favor da diversidade, vivemos uma situação atípica e inimaginável. A promoção de injúria racial em nossas dependências está contra todo o trabalho que desenvolvemos junto à nossa equipe de colaboradores, clientes e fornecedores, nós do Bombar repudiamos a violência em qualquer nível e nos posicionamos ativamente na luta pelos direitos de liberdade em seus mais diversos níveis.

Nesse momento estamos em acompanhamento ativo dos fatos, fornecendo todo o material necessário para a polícia, a fim de que sejam aplicadas as devidas penalidades da lei. Nos colocamos à disposição da imprensa e autoridades legais para que juntos possamos combater toda e qualquer forma de discriminação. Para isso, contamos com o apoio das agentes fiscais da Flor de Cacto e agentes de diversidade em nosso coletivo.

Equipe Bombar"

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