O homem suspeito de atear fogo em uma mulher transexual na cidade de Itabuna teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na segunda-feira (13). Segundo informações do g1 bahia , José Carlos passou por uma audiência de custódia e foi encaminhado para o presídio do município, onde est´aa disposição da Justiça.
Lucinéia Ferreira, mãe de Carla Santos, informou que o estado de saúde da vítima é considerado grave. O crime aconteceu no dia 11 de março e depois de ver o corpo tomado pelas chamas, a vítima invadiu o Hospital Luís Eduardo Magalhães e pedindo socorro.
Na segunda, Lucinéia revelou ainda que recebeu uma mensagem do ex-namorado da filha. De acordo com a mãe , José Carlos disse que nada o impediria de ficar com a vítima.
"Ele mandou mensagem para mim dizendo: ‘eu amo sua filha, quero ficar com ela e ninguém vai me impedir’. Isso não é amor, é doença. Quem ama não mata, não bate, não espanca", disse Lucinéia Ferreira.
Em entrevista à TV Bahia, Lucinéia contou que nunca foi a favor do relacionamento da filha com o suspeito. Eles estavam juntos há 22 anos. A filha sofria agressões constantes do homem.
"Todo mundo era contra, inclusive eu. Vendi e a casa dela e comprei uma do lado da minha, mas mesmo assim isso não resolveu. Ela contava tudo para mim, dizia que não dava certo, que ele era usuário de drogas", disse.
A mãe da vítima ainda disse que a filha pedia ajuda para se separar de vez do homem. "Ela pediu chorando para mim: ‘socorro mainha, me tire daqui’, dizia que tinha medo. Quando ele ligava ameaçando, coagindo, ela ia encontrá-lo porque ficava com medo dele fazer algo contra ela", contou.
Karla foi aconselhada para que prestasse queixa contra o homem na delegacia. A vítima, porém, achava que a queixa não iria protegê-la do homem. "Ela dizia que medida protetiva não protegia ninguém, que era um pedaço de papel que eles [suspeitos] não respeitam", disse.
O desejo de Lucinéia é que José Carlos, suspeito de cometer o crime, siga preso.
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O crime
A mulher transexual invadiu um hospital com o corpo em chamas na cidade de Itabuna. O ex-companheiro da vítima, de prenome José Carlos é suspeito do crime. Ele tem 44 anos e a ação criminosa aconteceu no dia 11 de março. Carla acompanhava o pai em um procedimento cirúrgico e começou a conversar com o homem por celular.
Ambos marcaram um encontro nos fundos da unidade de saúde e poucos minutos depois, começaram a discutir. Durante uma briga, ele jogou álcool e ateou fogo na mulher. Ainda segundo a PM, as chamas foram debeladas por uma equipe de segurança do hospital.
Após o primeiro atendimento, a vítima precisou ser entubada. Ela teve parte da face, cabeça, abdômen, braços e costas queimados.Na sequência, no dia 13 de março, ela foi transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.
Redação iBahia
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