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Gêmeo espancado em ataque homofóbico recebe alta

Caso aconteceu em Camaçari na madrugada do último domingo

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27/06/2012 às 20:28 • Atualizada em 15/09/2022 às 12:06 - há XX semanas
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Espancado por oito homens na saída de uma festa junina no domingo em Camaçari, José Leandro da Silva, 22 anos, recebeu alta do Hospital Geral de Camaçari (HGC) e disse que espera agora que seja feita justiça pela morte do irmão gêmeo, José Leonardo Silva. Os dois estavam abraçados e segundo a polícia apanharam porque os agressores acreditaram que os irmãos eram um casal homossexual. Depois do crime, José Leandro voltou para Ibimirim (PE), sua terra natal, onde o corpo do irmão foi sepultado. Em entrevista à TV Bahia, ele falou sobre a dor da perda e o desejo de que haja justiça no caso. "A gente foi agredido por chute, murro, soco. Aí eu perguntei o que foi. 'É duas mulherzinhas'. Chamavam a gente de 'mulherzinhas'. Eu acho que é a homofobia que está surgindo no mundo aí, que homem não pode sair abraçado com outro homem, pai não pode abraçar um filho. Quero que a Justiça vá até o fim. Meu irmão era minha alma gêmea. Trabalhava junto, a gente saía, a gente se divertia junto. Foi uma perda muito grande. É uma dor que eu nunca vou superar", contou. José Leonardo chegou a ser socorrido para o HGC, mas morreu no mesmo dia por conta das agressões a socos e pedradas. Os dois tinham participado do Camaforró e saiam da festa na madrugada de domingo quando foram abordados pelos suspeitos, que saíram de um microônibus para atacá-los. Leandro sofreu afundamento na face, mas passa bem depois da alta médica. Suspeitos detidosOs agressores foram presos e levados para a 18ª Delegacia (Camaçari) - três dos oito suspeitos conduzidos foram autuados pela delegada Maria Tereza Santos Silva. São eles Douglas dos Santos Estrela, 19; Adriano Santos Lopes da Silva, 21; e Adan Jorge Araújo Benevides, 22, autuados por homicídio qualificado e formação de quadrilha. O irmão de Douglas, Diogo dos Santos Estrela, está foragido. Nenhum deles tem passagem pela polícia. A delegada Maria Tereza diz que os acusados não conheciam as vítimas e que o depoimento do irmão sobrevivente dá força à hipótese de homofobia. "Tanto o irmão gêmeo que ficou vivo como os agressores não se conheciam, isso está claro nas investigações", explica. Os suspeitos dizem que agiram porque foram ameaçados e negam que o motivo da briga tenha sido homofobia. José Leonardo deixou uma namorada grávida de 5 meses. Caso similarO caso lembra o ocorrido em julho do ano passado em São João da Boa Vista, cidade do interior paulista. Pai e filho foram espancados por estarem abraçados e também terem sido confundidos com um casal gay. (Com informações da TV Bahia e de O Dia)

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