Pode até parecer estranho, mas os efeitos que o café causará em uma pessoa já estão pré-determinados em seu DNA. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, algumas variações genéticas podem fazer com que um indivíduo tenda a beber muito café ou então com que a bebida faça mais bem do que mal ao seu organismo.
“Café e cafeína já foram associados a efeitos tanto benéficos quanto maléficos à saúde. Nossas descobertas podem nos ajudar a identificar quais são as pessoas mais propensas a colher os benefícios da cafeína para a saúde”, explicou Marilyn Cornelis, pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública de Harvard e uma das autoras do estudo, ao Molecular Psychiatry. Os pesquisadores fizeram uma extensa análise no genoma de mais de 120 mil pessoas que bebiam café regularmente e identificaram seis variações genéticas ligadas ao consumo de café e cafeína. Duas delas foram associadas ao efeito de recompensa da cafeína sobre uma pessoa. As outras variações no DNA estão relacionadas à forma como a cafeína é metabolizada pelo corpo e os seus efeitos. Os pesquisadores acreditam ainda que cada pessoa regula o consumo de café de forma inconsciente em busca de ter os melhores efeitos da bebida. “Como análises genéticas anteriores sobre tabagismo e consume de álcool, essa pesquisa serve como exemplo de como a genética pode influenciar alguns tipos de comportamentos do dia a dia”, disse o pesquisador Daniel Chasman, professor do Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos.
Pesquisa realizada em Harvard afirma que algumas variações genéticas podem fazer com que um indivíduo tenda a beber muito café |
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