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Jovem denuncia transfobia em empresa de ônibus na Bahia

Luna foi tratada por pronomes masculinos quando tentava atualizar o cartão de acesso do transporte coletivo

Redação iBahia • 24/02/2023 às 12:34 - há XX semanas

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					Jovem denuncia transfobia em empresa de ônibus na Bahia
Foto: Reprodução / TV Sudoeste

Uma jovem de 27 anos denunciou ter sido vítima de transfobia durante um atendimento na Associação de Empresas do Transporte Público de Vitória da conquista (ATUV), no sudoeste da Bahia. A estudante chamada Luna Glasklov contou que foi à sede da entidade para atualizar o cartão, que dá acesso ao transporte público.

O caso aconteceu na sexta-feira (17). Luna Glasklov detalhou que foi tratada no masculino pela recepcionista da associação, mas decidiu inicialmente ignorar a situação. No entanto, ela continuou sendo tratada pelos pronomes incorretos durante o atendimento.

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''Eu não absorvi aquilo no momento e decidi prosseguir com meu atendimento. Chegando na mesa onde seria feita a renovação, a atendente também me tratou no masculino, mesmo em posse do meu documento'' relatou em entrevista à TV Sudoeste, afiliada da TV Bahia.

Segundo informações do g1 bahia, ao chamar a gerência da empresa, o tratamento transfóbico continuou.

''Ele também começou a me tratar no masculino. Eu falei 'não sou senhor, é senhora. Meu nome é Luna, sou uma pessoa trans e os pronomes usados são ela/dela. Mas, mesmo assim, ele continuou a me chamar de senhor'' .


				
					Jovem denuncia transfobia em empresa de ônibus na Bahia
Foto: Reprodução / TV Sudoeste

Luna prestou boletim de ocorrência no Distrito Integrado de Segurança Pública de Vitória da Conquista, no mesmo dia do atendimento. Em 2019, a transfobia passou a ser considerada crime pelo Superior Tribunal Federal (STF), e os atos devem ser enquadrados no crime de racismo.

Segundo a Coordenação de Políticas LGBT, Vitória da Conquista tem mais de 33 mil LGBTQIAPN+ em sua população. O coordenador José Mário Barbosa criticou a postura dos funcionários da ATUV, que está sob intervenção municipal, e declarou que a conduta do gerente é considerada crime.

A advogada de Luna, Yuna Vitória Santana, explicou que a identidade de gênero é considerada direito da personalidade, assegurada pelo Código Civil, e que o processo de ratificação de registro é livre de qualquer modificação corporal.

A empresa está sob intervenção municipal.

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