Um juiz de Itabuna usou em um termo de audiência a expressão "armengue" para descrever os procedimentos necessário para que um processo fosse adiante. O juiz Waldir Ribeiro Junior, da 4ª Vara Cível, reclama da falta de peritos para dar andamento nos processos que precisam de uma avaliação médica. As informações são da TV Bahia. Pelo menos 50 processos estão parados há 5 anos justamente pela falta de peritos para dar prosseguimento aos casos na cidade. Em um termo de audiência tratando do caso de uma idosa que está com uma mão imobilizada após uma lesão, o juiz diz que seria preciso "aplicar-se o velho princípio de armengue", pedindo para o Conselho Regional de Medicina uma indicação de um perito para o caso. "Quando a pessoa é pobre, não tem condições de pagar o honorário de um perito, normalmente os processos emperram", disse o juiz Waldir, alegando que o estado não tem um órgão com essa atribuição. Procurado, o Tribunal de Justiça se disse "surpreso" com as declarações do juiz, informando que no início do ano foi criado um apoio jurídico para a realização de perícias médicas. Existem peritos cadastrados que recebem de R$ 300 a R$ 1300 por perícia - o dinheiro só é pago depois que o laudo é entregue à Justiça. O TJ se comprometeu a apurar porque tantos processos estão parados em Itabuna.
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