O Secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, participou de um encontro com deputados estaduais na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador, na tarde desta quarta-feira (20). Durante a reunião, que foi promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, o secretário disse que os conflitos recentes entre facções na Bahia não é um problema local.
“A segurança pública e o tema do avanço do tráfico de drogas das facções não é um problema local, temos que entender isso como um problema nacional", disse. “Temos que trabalhar com a repressão qualificada, mas também a prevenção", afirmou.
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No início de setembro, os moradores dos bairros vizinhos Alto das Pombas e Calabar, viveram dias com troca de tiros, mortes e quatro situações com reféns.
Dias depois, em 15 de setembro, um policial federal foi morto em uma operação das polícias Civil e Federal no bairro de Valéria. Além dele, outros dois agentes, sendo um civil e um federal, ficaram feridos.
Concurso
Marcelo Werner ainda informou que cerca de 4.500 novos policiais e bombeiros serão contratados até o final de 2024 por meio de concurso.
De acordo com a SSP-BA, o número do efetivo de policiais militares e civis está distante do ideal: enquanto o necessário seria 44 mil agentes, o efetivo atual é de 37 mil.
Além disso, serão incorporadas pouco mais de 700 viaturas, entre elas semiblindadas, aproximadamente 1.000 fuzis, 4.500 coletes balísticos e reestruturação das forças com as criações de novos Comandos, Departamentos e Coordenações.
"Uma parte desse investimento foi direcionado para a valorização do servidor. Aumentamos em 50% o valor pago por arma apreendida, ampliamos as promoções e o pagamento pela redução de mortes violentas”, disse.
Gastos
De acordo com relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), houve redução nos gastos da Segurança Pública da Bahia em comparação com a receita total do Estado. O investimento passou de quase 17% da receita de mais de R$ 28 bilhões arrecadados em 2016 para menos de 9% dos R$ 55 bilhões no ano passado.
Em nota, o Governo da Bahia informou que fez um investimento recorde na área nos últimos anos e que comparar os recursos destinados à segurança com o total da receita corrente líquida do estado não é adequado, já que podem ocorrer "distorções em função da variedade de fontes de receitas".
Redação iBahia
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