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Policiais que diminuírem criminalidade receberão até R$ 4 mil

Servidores de Segurança Pública serão avaliados pela variação dos índices de criminalidade na área em que atuam

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09/01/2012 às 9:43 • Atualizada em 04/09/2022 às 0:35 - há XX semanas
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Foi dada a largada para a corrida pelo Prêmio por Desempenho Policial (PDP), que, em 2013, pagará uma gratificação aos funcionários da Secretaria da Segurança Pública (SSP) que trabalharem em áreas onde caiam os índice de Crimes Violentos Letais Intencionais, o que inclui homicídios, tentativas de homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte). A comissão, formada pelos secretários da Segurança Pública, Justiça, Desenvolvimento Social, Relações Institucionais e Administração Prisional, vai se reunir ainda este mês para estabelecer uma meta, que será única para toda a Bahia. “Se fôssemos considerar todas as nuances de cada área, a fórmula seria uma equação de terceiro grau. É mais simples fazer assim”, justificou o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa. Ele acrescenta que, para a premiação ser mais justa, haverá dois critérios: “Serão premiados tanto os que diminuírem em percentual quanto em números absolutos”. Isso significa que as seis Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) da capital e do interior que mais diminuírem os índices este ano receberão o PDP1, teto da gratificação: de R$ 2,8 a R$ 4 mil, a depender do cargo. Já quem atingir a meta mas não ficar entre os primeiros colocados receberá o PDP2: R$ 1.620 a R$ 2.700. A premiação será paga aos policiais no mês de abril. A meta ainda não foi estabelecida mas, segundo Barbosa, isso deve acontecer nos próximos dias. “Vamos estabelecer uma meta exequível, para estimular os policiais. Será algo entre 5% e 10%”. Além das duas primeiras faixas de gratificação, o governo também pagará o PDP3 (R$ 1,2 a R$ 3 mil) para quem trabalha em órgãos internos, o PDP4 (R$ 600 a R$ 1 mil) para quem conseguir reduzir a criminalidade sem alcançar a meta, e o PDP5 (R$ 360 a R$ 600) para servidores que ingressaram há menos de um ano. Mas só se o estado atingir a meta. Em setembro do ano passado, o secretário da Segurança Pública chegou a afirmar que já em 2012 seria paga uma gratificação, mas segundo Barbosa o plano teve que ser abortado porque a lei não foi sancionada a tempo pelo governador Jaques Wagner.
SimulaçãoE se o PDP já estivesse valendo hoje? O CORREIO fez um levantamento por Aisp dos índices de crimes violentos letais em 2010 e 2011 (considerados até o mês de novembro, dos dois anos), e indica quais são as áreas onde a criminalidade mais caiu e também onde ela aumentou. As áreas campeãs de Salvador e Região Metropolitana são Nordeste de Amaralina, CIA, Itaparica e Simões Filho. Isso porque, das seis vencedoras, três são em números absolutos e três em percentual. Nesse caso, o Nordeste e o CIA contemplaram os dois pré-requisitos. Ao todo, sete Aisps aumentaram os índices de crimes violentos letais intencionais e precisam elaborar suas estratégias se quiserem chegar ao pote de ouro em 2013. Em números percentuais, a pior situação é a de Pojuca, na Região Metropolitana de Salvador, que teve em 2011 mais que o dobro de mortes e tentativas em relação a 2010. Um aumento de 128,6%. Já em números absolutos, é a Aisp de Narandiba que responde pelo número mais assustador: foram 71 mortes a mais em 2011. Em Salvador, a Aisp da Barra teve o pior desempenho de 2010 para 2011: o índice dos crimes letais cresceu 112,5%, embora em números absolutos esse aumento tenha sido bem menos expressivo: nove crimes. Para Barbosa, o crescimento no número de mortes está ligado a muitos fatores. Entre eles a densidade populacional, a falta de serviços públicos na área e até a falta de efetivo. “Mas isso a gente já está resolvendo. Em março, iniciaremos a contratação de 1.800 policiais”, garante. InteriorOs policiais que trabalham no interior do estado não ficarão de fora da premiação. Os seis melhores colocados receberão a mesma premiação que os de Salvador e RMS. No entanto, a SSP ainda não tem dados de 2011 de cada área do interior, para que a simulação pudesse ser feita. A secretaria informou apenas que até novembro de 2011 foram registrados 4.115 crimes violentos letais intencionais nas 26 Coordenações de Polícia do Interior (Coorpins). O número é quase igual ao registrado em 2010: 4.140. A diminuição foi de apenas 0,6%. De todas as Coorpins do estado, em 2010, a que registrou maior número de mortes ou tentativas foi a 1ª, de Feira de Santana, a 108 quilômetros de Salvador. Essa Coorpin também engloba os municípios vizinhos de Anguera, Antônio Cardoso, Baixa Grande, Capela do Alto Alegre, Candeal, Conceição de Feira, Conceição do Jacuípe, Coração de Maria, Irará, Ipirá, Ipecaetá, Mundo Novo, Nova Fátima, Pé de Serra, Pintadas, Riaçhão do Jacuípe, Santa Bárbara, Santanópolis, Santo Estêvão, Serra Preta, São Gonçalo dos Campos e Tanquinho. No período, essas cidades somaram 594 crimes violentos letais. Já a Coorpin menos violenta do estado foi a 13ª, de Seabra, na Chapada Diamantina, com 28 crimes. Essa coordenação, no entanto, engloba menos municípios: Abaíra, Boninal, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Ipupiara, Iraquara, Lençóis, Mucugê, Novo Horizonte, Palmeiras, Piatã e Souto Soares.

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