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Quase 500 pessoas foram mortas a tiros em Salvador e região metropolitana no 2° semestre de 2022, aponta levantamento

Segundo dados, outras 164 ficaram feridas após ataques. Números são resultado de levantamento feito pelo Instituto Fogo Cruzado

Redação iBahia • 30/01/2023 às 20:45 • Atualizada em 30/01/2023 às 21:08 - há XX semanas

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					Quase 500 pessoas foram mortas a tiros em Salvador e região metropolitana no 2° semestre de 2022, aponta levantamento
Foto: Reprodução

Entre julho e dezembro de 2022, 499 pessoas foram mortas e outras 164 ficaram feridas após serem baleadas em Salvador e região metropolitana, totalizando 663 vítimas. Os números são resultado de um levantamento feito pelo Instituto Fogo Cruzado nos primeiros seis meses de atuação no estado.

De acordo com o balanço, Salvador e região metropolitana têm juntos uma média de 83 mortos a tiros por mês, o que equivale a quase três pessoas mortas a cada 24 horas.

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Somente no segundo semestre do ano, 18 chacinas foram registradas na região - juntos, esses casos deixaram 60 pessoas mortas. Das 18 chacinas, 13 foram durante ações e operações policiais, com 45 mortos, conforme aponta o levantamento.

Em relação a tiroteios, foram registrados 753. Destes, 74 aconteceram em Camaçari, 34 em Lauro de Freitas, 30 em Simões Filho, 13 em Mata de São João e 559 em Salvador, que liderou em número de casos.

Ainda conforme o relatório, com isso, das 13 cidades mapeadas pelo instituto, a capital baiana foi a mais afetada pela violência armada. O município concentrou 74% dos tiroteios, 68% dos mortos e 79% dos feridos acumulados.

Procurada pelo iBahia para falar sobre o assunto, a Secretaria da Segurança Pública do estado (SSP-BA) informou que não comenta os dados, por não se tratar de um recurso oficial e não poder atestar a veracidade das informações que são apresentadas. Confira o posicionamento na íntegra abaixo

Perfil

Dos 499 mortos a tiros na capital e região metropolitana, 463 eram homens, 33 eram mulheres, um era não binário e dois não tiveram a identidade revelada, segundo dados do relatório.

Dos 164 feridos por disparo de arma de fogo, 122 eram homens, 28 eram mulheres e 14 não tiveram a identidade revelada.

Ainda conforme o relatório, dos 499 mortos, 134 eram negros, 27 brancos e 338 não tiveram a cor revelada. Já entre os 164 feridos, 14 eram negros, quatro brancos, um amarelo e 145 não tiveram a cor detalhada.

O balanço ainda destacou que os policiais militares foram a categoria mais afetada pela violência armada. Dos nove mortos, três eram PMs, dois eram militares do Exército, um era da Aeronáutica, um era policial civil, um era agente socioeducativo e um não foi identificado.

Fogo Cruzado

O Fogo Cruzado é um Instituto que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada, fortalecendo a democracia através da transformação social e da preservação da vida.

Com uma metodologia própria, o laboratório de dados da instituição produz mais de 30 indicadores inéditos sobre violência nas regiões metropolitanas do Rio, do Recife e de Salvador.

Através de um aplicativo de celular, o Fogo Cruzado recebe e disponibiliza informações
sobre tiroteios, checadas em tempo real, que estão no único banco de dados aberto sobre
violência armada da América Latina, que pode ser acessado gratuitamente pela API do
Instituto.

Na Bahia, a ação atua em parceria com a Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas. Os dados também estão disponíveis na API do instituto, onde podem ser consultados de forma aberta e gratuita.

O aplicativo do Instituto funciona de forma colaborativa e anônima com registro de dados e informações sobre tiroteios e violência por arma de fogo.

Por meio das informações coletadas e de um mapeamento ativo, o Instituto realiza o levantamento e faz a contabilização, especificando as localidades e os recortes dos dados (chacinas, balas perdidas, tiroteios e outros indicadores). O mapeamento pode ser acompanhado diariamente através do aplicativo disponível para Android e iOS ou no Twitter.

O que diz a SSP-BA

"A Secretaria da Segurança não comenta os dados apresentados pelo aplicativo. Por não se tratar de um recurso oficial, não é possível atestar a veracidade das informações que são apresentadas, o que impossibilita, inclusive, a utilização desse recurso para fins policiais. Os dados gerados de forma indiscriminada e sem confirmação oficial podem produzir estatísticas distorcidas.

A pasta lembra que a confiabilidade na integridade dos dados obtidos, a disponibilização destes dados e a segurança da informação dos usuários, regulamentada inclusive pela Lei Geral de Proteção de Dados, são itens primordiais para implantação e uso de qualquer ferramenta.

A SSP dispõe de vários recursos para coleta de informações, inclusive de forma anônima, como o Disque Denúncia (181), o 190, além das redes sociais. Todos esses canais estão disponíveis de maneira gratuita e sigilosa.

Reforça quem tem intensificado as ações em toda a Bahia para aumentar a sensação de segurança e, principalmente, levar à Justiça os integrantes das quadrilhas de tráfico de drogas, principais responsáveis pela disputa armada pela venda de entorpecentes. Para isso, além de reforçar as ações operacionais, a pasta tem investido massivamente em tecnologia".

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