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Servidores do Ciretran são enterrados em Feira de Santana

Os três funcionários da Ciretran, vinculada ao Detran, foram encontrados mortos na manhã de ontem dentro de um carro estacionado no bairro do Tomba

• 30/12/2011 às 14:44 • Atualizada em 07/09/2022 às 18:25 - há XX semanas

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Foram enterrados na manhã desta sexta-feira (30) em Feira de Santana, a 109 quilômetros de Salvador, nos cemitérios São Jorge e Jardim Celestial os corpos do sargento da Polícia Militar Amarildo Araújo de Novais, de 47 anos, e da examinadora Maria das Graças Costa Veiga, 58 anos, funcionários da 3ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). Eles foram mortos na manhã desta quinta-feira (29), no estacionamento do Corpo de Bombeiros. O corpo do examinador Luís Eugênio Teixeira dos Santos, 57 anos, foi levado para Santo Amaro, a 72 quilômetros de Salvador, onde será enterrado. Os três funcionários da Ciretran, vinculada ao Detran, foram encontrados mortos na manhã de ontem dentro de um carro estacionado no bairro do Tomba. Mesmo antes da conclusão da perícia, o titular da 1ª Coordenadoria Regional do Interior (Coorpin), delegado Ricardo Brito, está convicto de que o próprio sargento Novais executou os colegas e, depois, se suicidou. Novais teria chegado ao local de carro, junto com Maria das Graças. Os dois desceram e entraram no veículo de Luís Eugênio, por volta de 8h. Ainda de acordo com o delegado, a arma pertencia ao próprio sargento. O crime ocorreu durante investigação realizada por uma força-tarefa de fiscalização que vem atuando dentro da Ciretran para apurar denúncias de fraudes como a regularização de carros roubados, irregularidades na vistoria de veículos e denúncias sobre facilitação de provas de habilitação em testes de rua. A investigação começou no início de dezembro e, até agora, seis servidores foram remanejados de suas funções e uma funcionária, exonerada. Nenhuma das vítimas estava na lista dos apontados como integrantes do esquema. Ele afirmou, no entanto, que havia chegado a identificar divergências de trabalho entre o sargento Novais e Maria das Graças. HipóteseResponsável pela força-tarefa que investiga os funcionários, o interventor do órgão, Osvaldo Moura, acredita que a atitude do sargento Amarildo pode ser consequência de uma pressão exercida por suas vítimas para revelação de evidências que poderiam incriminá-lo. Segundo ele, a investigação desvendou a existência de “inúmeras irregularidades na área de habilitação”, que era chefiada pelo militar. Moura insiste, porém, que até agora as investigações não atingiam diretamente o sargento. “Tudo leva a crer que os servidores que foram assassinados, com certeza, tinham alguma coisa que o comprometiam. Mas o que tinham, não sabemos”, considerou o gestor. O que se sabia até o momento é que outros examinadores da Coordenadoria de Habilitação estariam facilitando a avaliação dos candidatos a motorista. Nesse processo, devido à transferência de dois examinadores suspeitos de envolvimento nas irregularidades, a própria Maria das Graças, que trabalhava no atendimento interno do órgão, foi remanejada para a banca examinadora. “O Luís (que também era examinador) eu mantive porque era uma pessoa de minha confiança”, completou Osvaldo. O interventor alertou ainda para o fato incomum de os três terem se encontrado no início da manhã em um local fora de seus roteiros cotidianos. “Foi atípico, fora do normal. Acho que o encontro foi provocado pelo Novais”, cogitou. Osvaldo destacou ainda que Maria das Graças chegava até a repartição sempre no início do expediente, às 8h, e só saía para o local dos exames em um carro da Ciretran. Ontem, porém, quando o motorista chegou , ela já tinha saído. O corregedor do Detran-BA, Agnaldo Garcês, evitou entrar em polêmica ou vincular a tragédia com os casos de corrupção. “Houve uma tragédia e temos que preservar as famílias. Quando a gente envolve sentimentos, é melhor esperar o fim das investigações para falar algo”, ponderou. Tanto ele quanto o coordenador do órgão asseguraram que as investigações vão continuar e não falaram em prazos para o fim da força-tarefa no órgão. “Só vamos sair quando não houver mais irregularidades”. As informações são do repórter Alexandre Lyrio

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