icone de busca
iBahia Portal de notícias
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
BRASIL

82% dos empreendedores do varejo não utilizam novas tecnologias

Um estudo encomendado pelo SPC traçou o perfil do empreendedor de pequeno e médio porte do varejo brasileiro

foto autor

25/07/2012 às 21:38 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:53 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
18% dos varejistas usam novas tecnologias, como o e-commerce
As novas tecnologias, como e-commerce, automação comercial informatizada, displays interativos e sites de compras coletivas, não são utilizadas por 82% dos empreendedores do varejo brasileiro. É o que revela uma pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) nas 27 capitais do país. Este cenário pode ser uma oportunidade de mercado para empresas desenvolvedoras de softwares e prestadores de serviços/consultorias na área de tecnologia da informação. “As empresas de T.I pecam por priorizar produtos e serviços para o varejo de grande porte. Não adianta tentar oferecer para uma mercearia o mesmo sistema que serve para uma grande rede de supermercados. Enxergo nas pequenas e médias empresas um mercado de aproximadamente 800 mil varejistas com grande potencial a ser explorado”, afirma o presidente da Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro. InvestimentosApesar de não utilizarem tanto em novas tecnologias, a pesquisa mostra que 53% dos varejistas pretendem investir no negócio, fazendo ampliações na loja, adquirindo maquinário e contratando mais mão de obra. E, para isso, 53% deles utilizarão o capital próprio. Para a CNDL, a opção pelo investimento próprio se deve à limitação do crédito oferecido pelos bancos, a alta burocracia e os juros caros. “Os bancos seguem um raciocínio mercadológico: preferem emprestar capital de giro a curto prazo (juros maiores) do que liberar crédito para um investimento de longo prazo (juros menores)”, analisa Pellizzaro. Na hora de abrir o empreendimento, 77% dos empreendedores também utilizaram o capital próprio e 9% pediram empréstimos aos familiares. Apenas 7% dos varejistas usaram linhas de crédito bancário. “Apesar de toda publicidade do Governo sobre uma política de redução de juros e de direto acesso ao crédito, o resultado que chegamos é de que o empreendedor não está sendo alcançado pelo sistema financeiro nacional”, diz Pellizzaro. PerfilSegundo o estudo, 69% do setor varejista é formado por homens e 31% por mulheres. Cerca de 63% dos empreendedores estão no negócio atual há mais de 10 anos e 67% já havia trabalhado no varejo ou tiveram negócios herdados da família. Quanto à escolaridade, 46% dos entrevistados têm ensino médio e 43% possuem formação superior ou pós-graduação. “Esses dados refletem o grau de maturidade do empreendimento do lojista. Empresas que passam do segundo ano de operação conseguem desenvolver a atividade comercial por mais tempo”, pontua o economista da CNDL e do SPC, Nelson Barrizzelli. De acordo com a pesquisa, o perfil do empresário do setor varejista é de um homem de 42 anos, que possui ensino médio, já trabalhou no varejo, tem faturamento bruto de até R$ 60 mil por mês, emprega familiares e não usou financiamento bancário na hora de abrir o próprio negócio.

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Brasil