O cantor Gilberto Gil negou ter conhecimento de práticas de corrupção quando foi ministro da Cultura (2003-2008) no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gil foi ouvido como testemunha, na manhã desta quinta-feira, no caso em que o petista é acusado de se beneficiar de reformas de empreiteiras num sítio em Atibaia, no interior de São Paulo.
Esse é o terceiro processo em que Lula é réu no Paraná, onde o petista já cumpre pena pela condenação no caso do tríplex do Guarujá.
Numa fala curta, que levou apenas 8 minutos, um Gil monossilábico e contido respondeu a quase todas as perguntas com "sim" ou "não".
Ele negou ao ser questionado pela defesa de Lula, por exemplo, sobre seu conhecimento a respeito de um esquema de corrupção descrito na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente. Segundo a acusação, Lula teria comandado um esquema em seus governos (2002-2010) para desviar recursos públicos destinado a enriquecer ilicitamente, comprar apoio parlamentar no congresso e financiar campanhas eleitorais com o dinheiro da Petrobras.
No final, Gil ainda foi indagado por Moro sobre acusações de corrupção contra ex-ministros de Lula como Antônio Palocci, José Dirceu e o marqueteiro João Santana. O magistrado chegou a perguntar se Gil sabia que Palocci e Santana eram réus confessos na Lava-Jato em crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. O cantor confirmou que sabia, mas apenas das notícias:
— Tenho ouvido notícias a respeito dessa possibilidade — disse Gil.
Veja o vídeo do depoimento:
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Redação iBahia
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