O ator e diretor Jorge Fernando, de 64 anos, morreu de parada cardíaca em decorrência de um aneurisma dissecante da aorta. A condição normalmente afeta homens hipertensos com mais de 50 anos. Apesar de ser uma condição rara, ela pode ser fatal.
Por conta da grande pressão que recebe, a aorta é mais suscetível a sofrer aneurismas (dilatação de diâmetro) e dissecções (rompimento da camada interna da aorta, o que faz com que o sangue passa entre a camada interna e externa). Quando não tratada com rapidez, uma dissecação da aorta pode levar um paciente à morte rapidamente.
— Um aneurisma dissecante pode provocar uma isquemia e impedir o fluxo sanguíneo até o coração, causando uma parada cardíaca. Além disso, a camada enfraquecida pode se romper e provocar uma hemorragia difícil de controlar — explica Odorico Souza Lima, cardiologista da Villela Pedras.
Além da idade e da pressão alta, fatores como o tabagismo, o descontrole do colesterol e do diabetes, e o histórico familiar aumentam o risco de episódios de dissecção da aorta. Por isso, a única maneira de tentar prevenir o problema é mantendo sob controle a pressão, o colesterol e o diabetes, além de parar de fumar.
— Muitas pessoas têm hipertensão e não se preocupam em deixar a pressão controlada, fazem o tratamento de qualquer jeito. Mas é preciso estar ciente de que, caso o cuidado não seja contínuo, a chance de ocorrer episódios como estes aumenta — alerta Carlos Peixoto, cirurgião vascular do Hospital Pró-Cardíaco e coordenador do Departamento de Embolização da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
O único sintoma de um aneurisma dissecante é a dor súbita, como se fossem pontadas agudas, sentidas no peito ou nas costas. Ao sentir um sintoma como este, é preciso correr para o pronto-socorro mais próximo. A primeira medida a ser tomada pelos médicos será controlar a pressão arterial. Caso ela permaneça alta, é preciso implantar uma prótese dentro da aorta para conduzir corretamente o sangue e reforçar as paredes do vaso.
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Redação iBahia
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