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Anvisa recomenda que vacina da dengue não seja tomada; entenda

Dengvaxia pode fazer com que esses pacientes desenvolvam versões mais graves da enfermidade

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Redação iBahia

29/11/2017 às 19:12 • Atualizada em 31/08/2022 às 20:45 - há XX semanas
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que pessoas que nunca tiveram Dengue não tomem a vacina Dengvaxia, criada para evitar a doença. Segundo a nota da Anvisa, a Sanofi Pasteur- laboratório responsável pela fabricação da vacina- apresentou dados de um estudo complementar que indica que pacientes que não tiveram dengue podem desenvolver, no futuro, uma forma mais grave da doença após serem imunizados.
De acordo com a nota da Anvisa, a "vacina em si não desencadearia um quadro grave da doença nem induzia ao aparecimento da doença de forma espontânea". Mas o que ocorre é que, caso a pessoa seja picada posteriormente pelo Aedes aegypti e venha a desenvolver a doença, ela pode se manifestar de forma mais grave. Além da recomendação, a Agência afirma que irá alterar os dados presentes na bula da vacina.
A Dengvaxia, que foi aprovada em 2015, não é oferecida pelo Ministério da Saúde, mas está disponível em laboratórios particulares e é a única imunização registrada no país. A Anvisa afirma que na época do registro não havia nenhum indício de que a vacina podia trazer complicações como as relatadas agora e destaca que, para quem já teve a doença, a imunização continua sendo positiva.
Embora a vacina tenha sido testada em cerca de 40 mil pessoas em todo mundo antes de ser aprovada, a Sanofi Pasteur realizou um estudo complementar, ao longo de seis anos, que trouxe à luz os riscos para quem nunca teve contato com o vírus.
- A forma severa da doença após a infecção por dengue é rara, mas pode ocorrer depois de qualquer picada de um mosquito que carregue o vírus. Entretanto, a dengue é uma doença complexa e as pessoas têm maior probabilidade de contrair a forma grave após uma infecção secundária de um subtipo diferente do vírus- afirmou Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur Brasil, em nota.

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