Ativistas de direitos humanos e defensores da causa indígena acompanham o cerco da Polícia Militar ao prédio do antigo Museu do Índio, vizinho ao estádio do Maracanã, na zona norte do Rio. Segundo a PM, a presença dos policiais do Batalhão de Choque no local visa garantir o cumprimento da decisão judicial que cassou a liminar que garantia a permanência dos índios, que desde 2006 ocupam o prédio e ali fundaram a Aldeia Maracanã. Embora os índios tenham manifestado a disposição de reagir à desocupação, o clima no momento é de calma na área do antigo museu. Desde cedo no local, o defensor público federal Daniel Macedo reconheceu que a liminar foi cassada, mas ressaltou que sem autorização judicial a PM não pode ocupar o prédio. “É necessária a vinda de um mandado de imissão de posse. Sem isso, é ilegal qualquer atitude da Polícia Militar em invadir esse prédio”, disse Representantes do governo fluminense estiveram no local, entre eles o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno Junior, que por volta do meio-dia entrou no prédio, escoltado, para uma conversa com o cacique Carlos Tucano. A Emop é a responsável pelas obras de modernização do complexo do Maracanã, que incluem a demolição do antigo museu. A licitação para a demolição foi feita no último dia 20 de dezembro, mas o contrato com a empresa vencedora, que terá 30 dias para realizar o trabalho, ainda não foi assinado.
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