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Bruno responde pelo sequestro de Eliza Samudio e está preso desde 2010 |
Após os advogados de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, terem se afastado do julgamento e o acusado ter recusado a indicação de um defensor público, a juiza Marixa Rodrigues decidiu desmembrar o processo que julga o goleiro Bruno e mais três pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, em junho de 2010. A data do novo julgamento ainda não foi marcada. As defesas do goleiro Bruno, de Luiz Henrique Ferreira Romão, Macarrão, da ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues Souza, e da ex-namorada Fernanda de Castro, decidiram continuar no julgamento. Ércio Quaresma, que fazia a defesa de bola, discordou dos 20 minutos concedidos pela juíza Marixa Fabiane para cada defesa apresentar os questionamentos preliminares com relação ao processo. Ele considerou que o tempo não era suficiente. Os advogados tentaram argumentar com a magistrada para ampliar o tempo para as defesas, mas o prazo não foi estendida os defensores deixaram o julgamento. Além de Quaresma, Bola tem outros cinco advogados. O ex-goleiro do Flamengo é acusado pelo sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver de sua ex-amante Eliza Samudio, 24 anos, em junho de 2010. A promotoria estima um prazo de 15 dias - ou mesmo de três semanas - até que o júri tome sua decisão sobre o caso. Ele e os outros réus negam homicídio. Bruno é apontado como mandante do sequestro e morte de Eliza Samudio, com que teve um filho. Ele chegou ao Fórum de Contagem por volta às 7h45. Além de Bruno, serão julgados Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Devido à falta de estrutura do fórum, a Justiça de Minas deverá impedir a entrada de pessoas comuns ao plenário e limitar o número de familiares dos réu. Apenas duas cadeiras foram reservadas aos parentes de cada um dos sete réus e à família de Eliza. Das 120 cadeiras na plateia, nenhuma será oferecida às pessoas comuns. Contagem tem uma população superior a 600 mil habitantes e faz parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além dos parentes, uma parte da plateia será destinada a jornalistas, outra para alunos de direito, e o restante para convidados da magistratura e do Ministério Público. Além de limitar o acesso, a Justiça também proibiu a transmissão ao vivo do julgamento.
Matéria original: Correio 24h Bola será julgado em outra data após abandono de advogados